A ideologia nos quadrinhos do Capitão América e a apropriação do imaginário pela Indústria Cultural
Documento
Informações
Título
A ideologia nos quadrinhos do Capitão América e a apropriação do imaginário pela Indústria Cultural
Título (EN)
Ideology in Captain America comics and the appropriation of imagery by the Cultural Industry
Autor(es)
Miller Guglielmo
Orientador(es)
Jorge Miklos
Data de Defesa
21/12/2023
Resumo (EN)
This dissertation aims to dissect the ideological gear that governs the products of mass culture. From this perspective, the cultural industry is an instrument for propagating ideological discourse in which its media produces appropriate myths and archetypes to domesticate the social imaginary. In the case of the object of study, appropriation specifically refers to the vilification of the hero archetype and the way in which stereotypes and ideologies are embedded in the mass media consumer. To this end, the research analyzes 396 Captain America comic book covers, between the 40s and 90s. The analysis was divided into three distinct historical periods of significant relevance: (i) the 2nd world war, (ii) the counterculture and ( iii) the 90s. The analysis points out that Captain America comics were used as instruments for disseminating American propaganda, in addition to ideological manipulation, manufacturing stereotypes of oriental characters and depreciation of women, framing them in standards that devalue them in relation to men in comic books. Within this horizon, among the main authors of the theoretical framework it is possible to mention Carl G. Jung, Edgar Morin, John B. Thompson and Joseph Campbell. In view of these considerations, the relevance of this study is justified by demonstrating how the cultural appropriation of the archetypal figure of the hero by the cultural industry has trivialized his image, which today has had its meaning totally or partially altered.
Resumo
A presente dissertação objetiva dissecar a engrenagem ideológica regente dos produtos da cultura de massa. Nessa perspectiva, a indústria cultural é instrumento de propagação de discurso ideológico no qual suas produções midiáticas apropriam-se de mitos e arquétipos para domesticação do imaginário social. No caso do objeto de estudo, a apropriação refere-se especificamente ao vilipêndio do arquétipo do herói e ao modo pelo qual estereótipos e ideologias são embutidos no consumidor da mídia de massa. Para tanto, a pesquisa analisa 396 capas de HQs do Capitão América, entre a década de 40 e 90. A análise foi dividida em três períodos históricos distintos de significativa relevância: (i) a 2ª guerra mundial, (ii) a contracultura e (iii) os anos 90. A análise aponta que os quadrinhos do Capitão América foram utilizados como instrumentos para disseminação de propaganda estadunidense, além de manipulação ideológica, fabricando estereótipos de personagens orientais e depreciação das mulheres, enquadrando-as em padrões que as desvalorizam em relação aos homens nas histórias em quadrinhos. Nesse horizonte, entre os principais autores do quadro teórico é possível citar Carl G. Jung, Edgar Morin, John B. Thompson e Joseph Campbell. Diante dessas colocações, justifica-se a relevância deste estudo por demonstrar como a apropriação cultural da figura arquetípica do herói pela indústria cultural banalizou sua imagem, que hoje teve seu sentido total ou parcialmente alterado.
Coleção
Tipo
Dissertação
Palavras-chave
Capitão América; Indústria cultural; quadrinhos; herói arquetípico; super-herói;
Área de Concentração
Comunicação e Cultura Midiática
Linha de Pesquisa
Contribuições da mídia para a interação entre grupos sociais
Instituição
Universidade Paulista
Financiamento
CAPES
Direito de Acesso
Acesso Aberto