Resumo (PT)
Este artigo tem como propósito discorrer sobre as narrativas de vida no campo do Direito. Nosso objetivo consiste em apresentar aspectos relacionados à linguagem do Direito e o universo dessa linguagem em situações cotidianas, literárias e fílmicas. A perspectiva teórica tem como base os estudos de Pierre Bourdieu (2008) sobre linguagem como capital simbólico, os estudos de Jerome Bruner (2014) sobre Fabricando Histórias: Direito, Literatura, Vida e, no campo jurídico, Miguel Reale (2003) e Hans Kelsen (2009). O procedimento metodológico considera as discussões sobre narrativas de vida e as questões em torno do processo de construção da linguagem no campo jurídico, relacionando com a literatura, vida cotidiana e aspectos fílmicos. Os resultados apontam a manifestação de uma construção narrativa no campo jurídico por meio de um vocabulário arcaico, reforçado pelo uso de precedentes pragmáticos para fundamentar as decisões de casos concretos que circulam no Direito e apontam a necessidade de ampliar a pesquisa do campo jurídico na perspectiva da semiótica jurídica.