Remediação dos efeitos do glifosato sobre Artemia salina por isoterápico.
Documento
Informações
Título
Remediação dos efeitos do glifosato sobre Artemia salina por isoterápico.
Autor(es)
Mirian Yaeko Dias de Oliveira Nagai
Orientador(es)
Leoni Villano Bonamin
Data de Defesa
03/08/2021
Resumo
Introdução: Um dos bioindicadores de ecotoxicidade mais utilizados em ensaios de laboratório é a Artemia salina, um microcrustáceo. O glifosato é um herbicida muito utilizado na agricultura, mas apresenta toxicidade como desregulador endócrino. Na prática homeopática é comum o tratamento de intoxicações pelo uso de isoterápicos: diluições homeopáticas de uma substância tóxica usadas para tratamento de indivíduos expostos às mesmas substâncias. Objetivo: Verificar a possível proteção de Artemia salina exposta ao glifosato pela adição de isoterápicos na água, por meio da avaliação das alterações comportamentais e morfológicas, bem como das propriedades físicas da água. Métodos: 0,6g de cistos de Artemia salina foram mantidos em garrafas de cultura, em 400mL de água do mar artificial, seguindo técnica padrão de oxigenação, luminosidade e temperatura, para promover sua eclosão em 48 horas. O glifosato foi inserido na água no momento da inserção dos cistos, na concentração letal 10% - CL 10 ou 0,002%. Os isoterápicos (Gly 6cH, 30cH, 200cH) foram preparados na véspera, em água purificada, a partir de matrizes medicamentosas previamente preparadas em farmácia credenciada na ANVISA utilizando amostras de glifosato do mesmo lote e inseridos na água de forma concomitante, na proporção de 1% do volume total de água. Ao final de 48 horas, o conteúdo líquido da garrafa contendo os estágios iniciais (I a V) de náuplios foi recolhido em um Becker, seu conteúdo foi homogeneizado e 100mL foram filtrados para obtenção da água remanescente. A água reservada foi congelada em alíquotas para posterior análise físico-química (interação com corantes solvatocrômicos). A parte não filtrada dos náuplios foi distribuída em lâminas para avaliação do desenvolvimento morfológico em microscópio óptico e uma outra parte foi distribuída em tubos transparentes na quantidade de 10 náuplios por tubo (6 tubos por grupo), para análise comportamental. Os tratamentos foram feitos em cego e os códigos foram revelados após a análise estatística. Em uma segunda etapa, a eclosão dos cistos foi observada em placa de 96 poços, com diferentes graus de salinidade e concentrações de glifosato, sendo a eclosão e a mobilidade dos náuplios registradas por câmera digital e analisadas pelo software Image J, plug-in Trackmate. Ao final, as amostras de água foram congeladas para análise físico-química utilizando corantes solvatocrômicos. Resultados: Gly 6cH aumentou a vitalidade de náuplios e a proporção entre náuplios saudáveis e defeituosos, bem como reduziu e retardou a eclosão de cistos. Os efeitos sobre a eclosão foram mais evidentes em água com 80% de salinidade e quando da exposição a baixas concentrações de glifosato (CL10). Não foram observadas diferenças entre os tratamentos em relação à locomoção dos náuplios, mas houve tendência de aumento nesse parâmetro na intoxicação com CL50. A interação das amostras de água com corantes solvatocrômicos mostrou que a cumarina foi um marcador físico-químico específico do Gly 6cH. Conclusão: Gly 6cH apresentou efeitos protetores sobre o desenvolvimento da Artemia salina exposta a baixas concentrações de glifosato (CL10), sendo o corante solvatocrômico cumarina um potencial marcador físico-químico de valor preditivo, sugerindo mecanismos relacionados a mudanças de polaridade da água.
Tipo
Tese
Palavras-chave
Artemia salina, glifosato, isoterápico, homeopatia, eco-toxicologia.
Publicado em
NAGAI, M. Y. D. de O. Remediação dos efeitos do glifosato sobre Artemia salina por isoterápico.. 2021. Tese (Doutorado em Patologia Ambiental e Experimental) - Universidade Paulista, São Paulo, 2021. Disponível em: https://repositorio.unip.br/wp-content/uploads/tainacan-items/212/84730/MIRIAN-YAEKO-DIAS-DE-OLIVEIRA-NAGAI2.pdf Acesso em: xx/xx/xx
Área de Concentração
Patologia Ambiental e Experimental
Linha de Pesquisa
Ecotoxicologia e Inovações Terapêuticas
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq
Neuropsicofarmacologia Experimental e Ambiental
Instituição
UNIP
Direito de Acesso
Acesso Aberto