Regulação da Atividade Macrofágica pela Aspirina 15 cH in vitro
Documento
Informações
Título
Regulação da Atividade Macrofágica pela Aspirina 15 cH in vitro
Autor(es)
Adalberto do Carmo Braga von Ancken
Orientador(es)
Leoni Villano Bonamin
Data de Defesa
02/08/2021
Resumo
Introdução: Plaquetas e endotélio de vasos interagem em direção da homeostase circulatória durante processos inflamatórios, contudo, efeitos paradoxais podem ocorrer em função do balanço entre mediadores anti e prótrombóticos. A administração de uma única e alta dose de Aspirina pode ocasionar a formação de trombos arteriais em oito a dez dias. Tem-se observado que Aspirina ultradiluída também promove trombogênese após uma hora de administração, porém não é sabido se ambos os casos envolvem a mesma via regulatória. Os efeitos antitrombóticos de altas doses podem ser revertidos pela ação protrombótica da Aspirina ultradiluída. Para compreender os mecanismos envolvidos nessa regulação, postula-se que a Aspirina ultradiluída tenha seu mecanismo de ação relacionado a efeito rebote envolvendo COX-2 e células inflamatórias, como macrófagos. Objetivo: Estudar os efeitos da Aspirina 15 cH sobre macrófagos ativados ou não por LPS, um ativador de COX-2. Métodos: Água, água sucussionada e Aspirina 200 µg/ml foram usadas como controle. A atividade macrofágica foi estudada mediante avaliação de espraiamento; dosagens de óxido nítrico, peróxidos, citocinas, quimiocinas; expressão de receptores TLR4, viabilidade celular e produção intracelular de espécies reativas de oxigênio. Resultados: O tratamento das células com Aspirina 15 cH levou ao aumento no spreading e produção de H2O2 com a mesma magnitude do LPS, mas anulou seu efeito quando administrados ambos conjuntamente. A Aspirina 200 µg/ml produziu efeito anti-inflamatório clássico em todos os parâmetros analisados, revertendo os efeitos do LPS. A água sucussionada per se mostrou efeitos pró-inflamatórios independente do LPS, como aumento de spreading e redução de IL 10; ação regulatória sobre a produção de TNF e H2O2 e aumento na atividade oxidativa celular, com efeito paradoxal após estímulo com LPS. O tratamento com Aspirina 15 cH não alterou a atividade oxidativa intracelular, mas água sucussionada elevou o número absoluto de células que expressam essa atividade. A expressão de TLR-4, por sua vez, foi significativamente maior nos grupos tratados com LPS, independentemente dos co-tratamentos. Conclusão: O efeito paradoxal da Aspirina 15 cH observado in vivo foi reproduzido neste modelo in vitro. A Aspirina 15 cH isoladamente ou em associação com LPS produz efeitos antagônicos, com reversão de efeitos sobre spreading e produção de H2O2. Especula-se que sua ação seja sobre as proteínas dos microtúbulos, favorecendo o spreading. A Aspirina 200 µg/ml produz efeitos anti-inflamatórios clássicos e a água sucussionada produz efeitos pró-inflamatórios e regulação de TNF e H2O2 após o estímulo com LPS.
Tipo
Tese
Palavras-chave
Aspirina; Homeopatia; Macrófagos; LPS
Área de Concentração
Patologia Ambiental e Experimental
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq
ECOTOXICOLOGIA E INOVAÇÕES TERAPÊUTICAS
Instituição
UNIP
Direito de Acesso
Acesso Aberto
Financiamento
Universidade Paulista