Introdução: as disfunções proporcionadas pelos antirretrovirais em pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHIV/Aids) vêm sendo amplamente estudadas em todo o mundo, uma vez que se sabe, em razão da interferência desses medicamentos em muitos tecidos especializados dos vários sistemas humanos, o que inclui os tecidos bucais, em especial, a àqueles do periodonto. Objetivo: A pesquisa teve por objetivo realizar uma avaliação de caráter epidemiológico sobre a prevalência da doença periodontal em PVHIV/Aids em tratamento com antirretrovirais em acompanhamento médico e odontológico de um Centro de Referência em DST/AIDS da Prefeitura Municipal de São Paulo – SP, Brasil, entre 2019 e 2020. Método: o método empregado teve como guia norteador os índices periodontais validados pela literatura científica, sendo também avaliado o perfil social e de qualidade de vida. Foram avaliados 31 PVHIV/Aids, com idades entre 20 e 24, de ambos os gêneros e em uso de Terapia Antirretroviral Altamente Potente (TAAP). Para as análises estatísticas, foram utilizados o Sistema R e Excel Microsoft®, sendo utilizado o Teste Quiquadrado de Pearson, com correção por continuidade de Yates, e o Teste t de Student. Resultados: os resultados permitem dizer que não houve associação entre o tempo de uso da TAAP e a presença de Doença Periodontal (X2=0,398). Na análise frente aos domínios sobre Qualidade de Vida, segundo critérios da Organização Mundial de Saúde, versus o tempo de uso da TAAP, não se observou diferença estatística (p>0,05). O tabagismo, como variável importante para a Doença Periodontal, não se apresentou associado (X2=4,178). Conclusão: do exposto, pode-se concluir que, apesar de indícios científicos apresentarem uma potencial ação da TAAP sobre o periodonto e o tempo de uso inferir na Qualidade de Vida, na presente pesquisa, não foi evidenciada associação positiva entre as variáveis analisadas.
