Resumo (PT)
Objetivo – Mensurar os níveis de pressão sonora ao longo de um ciclo de 24 horas, em um hospital padrão do Sudeste brasileiro e comparar com o preconizado pela literatura, avaliar a variação espacial inferindo sobre o possível impacto da poluição sonora no bem estar, saúde e recuperação dos pacientes, bem como sobre a qualidade do serviço prestado e exposição dos profissionais a condições insalubres. Métodos – Foram selecionados seis setores no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (Unidade de Terapia Intensiva – adulta, Unidade de Terapia Intensiva – infantil, Corredor da Clínica Médica, Corredor do Pronto Socorro Adulto, Unidade de Terapia Renal e Enfermaria da Ortopedia) e mensurados os níveis de pressão sonora em cada setor, sendo realizadas doze medições, repetidas três vezes, totalizando trinta e seis medições, em intervalos de três minutos em outubro de 2013. Resultados – Foram encontrados valores superiores ao preconizado em todos os setores. Observou-se diferenças significativas (p ≤ 0,05) entre os ruídos mensurados nos diferentes setores, no mesmo horário e em diferentes horários no mesmo setor. O local mais barulhento foi a UTI adulta, atingindo média de 69,8 dBA. O segundo local de maior ruído foi o Corredor da Clínica Médica com valor máximo de 71dBA às 14 horas e média de 64,1 dBA. Conclusão – É necessário que medidas como cursos de treinamento aos funcionários sejam aplicadas a fim de reduzir o ruído dentro dos hospitais, adequando-o e favorecendo a coletividade abrangendo pacientes e profissionais expostos cronicamente ao ruído.