Pacientes com necessidades especiais – da regulamentação pública ao ensino odontológico

Resumo

Objetivo – Analisar a educação odontológica em âmbito universitário voltada aos cuidados com pacientes portadores de necessidades especiais, considerando que tais indivíduos requerem cuidados especiais para atendimento odontológico por apresentarem uma ou mais limitações, temporárias ou permanentes, de ordem mental, física, sensorial e emocional, que os impedem de serem submetidos a atendimento convencional. Indivíduos com necessidades especiais constituem população heterogênea, que apresenta parcial ou completa dependência e cuja vulnerabilidade tende a torná-los suscetíveis a distúrbios bucais e a comorbidades passíveis de comprometer sua qualidade de vida. Esses pacientes necessitam de adaptações especiais para as práticas da vida diária. Preparo e qualificação profissional são essenciais para os serviços de saúde que atendem essa população. Métodos – Foi realizado levantamento bibliográfico acerca de como procede o ensino da disciplina de Pacientes Especiais nas Faculdades de Odontologia em nosso país, procurou-se identificar também, estudos nos quais políticas públicas foram empregadas, visando amplificar a disseminação desses conhecimentos academicamente. Resultados – Averiguou-se que a disciplina geralmente não é obrigatória na graduação e que quando a disciplina está presente, têm-se carga horária variável, por vezes insuficiente, existindo oferta de formação complementar em cursos paralelos. Conclusão – Concluiu-se que o atendimento odontológico a pacientes especiais exige aporte de conhecimentos específicos e que não há regularidade e garantia desses conhecimentos serem adquiridos na graduação, implicando que políticas públicas de acesso a serviços de saúde para pacientes especiais ofereçam programas de capacitação e aperfeiçoamento aos profissionais da Odontologia para atuação nesses serviços.