Resumo (PT)
Objetivo – Identificar quantitativamente o grau de sobrecarga do cuidador de crianças diagnosticadas com doença renal crônica em tratamento hemodialítico. A doença renal crônica (DRC) é considerada uma condição incurável, de evolução progressiva, que causa problemas de ordem biopsicossocial e econômica. A partir deste contexto é necessária uma adaptação muito bem estruturada, pois a doença impõe a necessidade – não somente do indivíduo portador da doença, mas também da família – em lidar com os sintomas e a incapacidade oriundas da terapêutica. Métodos – A pesquisa foi realizada no Hospital Samaritano de São Paulo, com 28 cuidadores de crianças até 12 anos incompletos em tratamento hemodialítico diário, utilizando o instrumental de Zarit (Zarit Burden Interview), que possibilita a identificação do grau de sobrecarga. Foram analisadas variáveis sociodemográficas como: sexo, idade, grau de escolaridade, renda familiar e tipo de residência. Todos os resultados foram analisados a partir da frequência relativa e absoluta. Resultados – Este grupo de 28 cuidadores em sua totalidade possuem algum grau de parentesco com a criança e apenas 2 (8%) dos cuidadores apresentam sobrecarga severa, enquanto 13 (46%) dos cuidadores entrevistados apresentam sobrecarga moderada e outros 13 (46%) do restante da população apresentam ausência total de sobrecarga. Conclusão – É perceptível as vantagens para o cuidador em usufruir de uma estrutura adequada para o atendimento no setor de hemodiálise. Mesmo diante dessas facilidades no tratamento, observa-se que os cuidadores apresentam sobrecarga moderada de cuidados que pode ser atribuída ao excesso de responsabilidade que se agrava pelo grau de parentesco.