Resumo (PT)
Introdução – Novas tecnologias, como irradiação com laser de argônio, têm sido indicadas na tentativa de se incrementar a resistência do esmalte à desmineralização. O objetivo deste estudo foi observar a morfologia da superfície do esmalte após: irradiação com laser de argônio, aplicação tópica de flúor acidulado, bem como após a sua associação. Material e Métodos – Foram utilizados fragmentos de esmalte bovino da face vestibular de 15 dentes. Após a profilaxia, as amostras foram divididas em 5 grupos: 1 – controle (sem tratamento); 2 – aplicação de flúor acidulado (1,23 %, 4 min, pH 3); 3 – irradiação com laser de argônio (250 mW, 120 s e 107 J/cm2), 4 – aplicação de laser, seguido do flúor; 5 – aplicação de flúor seguido do laser nos mesmos parâmetros do grupo III. As amostras foram então preparadas para microscopia eletrônica de varredura. Resultados – O esmalte que entrou em contato com o flúor acidulado, exclusivamente (G2) ou antes da irradiação (G5), apresentou superfícies com sulcos menos profundos que o das superfícies controle (G1) e dos grupos onde não houve aplicação de flúor (G3) ou este foi aplicado após a irradiação (G4). Os grupos tratados inicialmente com laser (G3, G4) mantiveram a morfologia superficial semelhante à do grupo controle (G1). Conclusão – O flúor criou superfície mais lisa que a do controle, portanto houve uma leve desmineralização, que não ocorreu quando o esmalte foi previamente irradiado. Adicionalmente, a ação desmineralizante do flúor foi potencializada pelo laser. Esses resultados sugerem que a irradiação com laser de argônio poderia ser capaz de aumentar a resistência do esmalte à desmineralização.