Resumo (PT)
O freio labial superior é uma estrutura dinâmica sujeito a variações na forma, tamanho e posição durante os diferentes estágios de crescimento e desenvolvimento do indivíduo. No nascimento, o freio é geralmente largo e espesso e se estende até a papila palatina. Com a erupção dos incisivos permanentes e à medida que ocorre o desenvolvimento do processo alveolar, há uma tendência à atrofia fisiológica e ao afastamento apical da inserção do freio. Quando o freio permanece com a inserção na papila palatina ou na margem gengival é então chamado de freio teto labial persistente. Este pode causar diastema mediano, interferir na escovação, causar recessão gengival, provocar a formação de bolsas periodontais, restringir o movimento do lábio, interferir na fonação e produzir efeito estético indesejável. O objetivo deste trabalho consistiu em apresentar um relato de uma paciente do gênero feminino, com dez anos de idade, as principais consequências e o tratamento cirúrgico do freio teto labial persistente. Frente ao relato, pode-se concluir que a frenectomia foi o tratamento que propiciou o reposicionamento e uma nova inserção para o freio labial, deixando que, com o desenvolvimento da oclusão, ocorresse o fechamento do diastema.