Contribuição da ESF no controle de doenças crônicas não transmissíveis

Resumo

Trata-se de uma revisão da literatura sobre a contribuição da Estratégia Saúde da Família (ESF) para o controle das doenças crônicas não transmissíveis. Assim, o objetivo desse estudo foi identificar a contribuição da ESF no controle e redução da morbimortalidade por hipertensão arterial, diabetes mellitus e câncer de colo de útero nos últimos doze anos. A busca dos artigos realizou-se por meio de consulta à Biblioteca Virtual em Saúde, sites do Ministério da Saúde e relacionados ao tema; sendo consideradas as publicações em português e compreendidas entre 2002 e 2014. Foram incluídos oito artigos no estudo, que em sua maioria avaliavam o impacto da ESF na assistência aos portadores de hipertensão arterial. Com base nos dados obtidos pôde-se observar que, ao longo dos anos, a ESF logrou êxitos no que se refere à melhoria na cobertura da população assistida, acesso aos serviços, controle das doenças transmissíveis e redução da mortalidade infantil. Todavia, não sendo evidenciadas melhorias significativas quanto ao controle das DCNT e redução dos seus agravos. Para a maioria dos autores investigados a ESF não provocou ainda uma mudança efetiva no modo de produzir saúde como é proposto em seu arcabouço teórico. Contudo fica evidente a relação entre processo de trabalho e os resultados alcançados com a ESF, demonstrando o potencial que a mesma tem para contribuir neste sentido, sobretudo, quando há evidências de que a ESF consegue melhores resultados quando comparada ao modelo tradicional de Atenção à Saúde.