Resumo (PT)
Objetivo – Foi analisado como material biológico os extratos brutos da polpa e da casca de berinjela (Solanum melongena L.), que é fonte da enzima Polifenol oxidase (PFO) [EC.1.14.18.1] e estes foram estudados como materiais biocatalíticos para a oxidação aeróbica de substratos fenólicos19. Métodos – Extraiu-se a PFO dos extratos por trituração, filtração e centrifugação. Através da medida de absorbância e método do Biureto, obteve-se a atividade e a proteína total. Quantidade e tempo de contato do polímero foram determinados espectrofotometricamente. A caracterização cinética da PFO baseou-se na temperatura ótima, estabilidade ao calor, pH ótimo de atividade e de estabilidade. Os valores obtidos foram comparados com os da polpa e casca de banana nanica. Resultados – A atividade específica da PFO na banana nanica (1056 u/mg da polpa e 1537,5 u/mg da casca) é superior à do extrato de berinjela (376,5 u/mg da polpa e 500 u/mg da casca). Os valores de pH de atividade (pH 5,0) e de estabilidade (pH 7,0), tempo de contato com o polímero (zero) e de armazenamento (34 dias) foram iguais para ambos os extratos. A atividade da PFO foi superior na casca quando comparada a polpa de berinjela. A massa de polímero PVP necessária para adsorção de compostos polifenólicos excedentes foi três vezes maior na polpa do que na casca. A temperatura ótima de atividade para a polpa foi de 40°C e para a casca de 15°C. Conclusões – A caracterização da PFO da berinjela é similar a da banana nanica, porém, a maior atividade específica desta última a torna mais propícia na construção do biossensor para quantificar fenóis/polifenóis em amostras.