Resumo (PT)
Objetivo – A fixação é um dos pontos críticos para a realização de diversas técnicas laboratoriais, sendo o formaldeído amplamente utilizado na rotina e pesquisa científica com a finalidade de preservar a integridade morfológica das amostras especialmente para análise pela microscopia de luz. Mesmo com sua ampla utilização, não existem dados na literatura com protocolos padronizados que assegurem o tempo mínimo de fixação assim como a concentração ideal de formaldeído a ser utilizada. Métodos – Neste estudo foram analisadas amostras de útero de 20 cadelas hígidas, sem raça definida (SRD) e em idade reprodutiva (1-5 anos), fragmentados a uma espessura de 0,5 cm3. As amostras foram coletadas por cirurgia eletiva de ovário-salpingo-histerectomia (OSH), fixadas em formaldeído tamponado nas concentrações de 4%, 8% e 10% e retiradas nos tempos de 12, 24, 48 e 72 horas pós-fixação. Seguiu-se o processamento histológico de rotina e a análise pela microscopia de luz na coloração de hematoxilina e eosina (H/E) em diferentes aumentos. Resultados – A análise morfológica qualitativa pela microscopia de luz não demonstrou alterações morfológicas significativas entre as amostras fixadas em diferentes tempos e concentrações de formaldeído. Conclusão – Estes resultados corroboram com a rotina e a pesquisa permitindo a padronização do tempo mínimo de fixação de amostras (com espessura de até 0,5 cm3) em formaldeído para 12 horas quando utilizado nas concentrações 4%, 8% e 10%.