Resumo (PT)
A Esclerose Múltipla (EM) afeta em torno de 2,5 milhões de pessoas no mundo todo. No Brasil, estimativas mostram uma incidência de cerca de 30 casos/100.000 habitantes. A EM é uma doença neurodegenerativa, crônica, inflamatória e desmielinizante e que afeta principalmente pessoas com idades entre 20 a 40 anos. Os indivíduos afetados por essa doença tem um grande prejuízo na sua qualidade de vida, uma vez que a EM é uma doença incapacitante e o tratamento atual é complexo e não alivia todos os sintomas da doença. Atualmente, utilizam-se como medicamentos de primeira linha os interferons β-1a (IFN β-1a), β-1b (IFN β-1b) e o acetato de glatiramer (AG). Atualmente, estudos demonstram que o Sistema Endocanabinóide (SE) tem efeito neuroprotetor em mamíferos e que o uso de canabinoides pode inibir a ativação da microglia e impedir a migração de células do Sistema Imunológico (SI) para o Sistema Nervoso Central (SNC). Ambos receptores canabinoides apresentaram características neuroprotetoras. Entretanto, acredita-se que os canabinoides podem interferir indiretamente na fisiopatologia da EM, atuando no aumento de adenosina, que teria um papel fundamental na neuroproteção. O SE influencia na fisiopatologia da EM de forma positiva e o uso de fitocanabinoides traz benefícios aos pacientes, como é o caso da associação do △⁹-THC com CBD.