Tecnoimortalidade: a inutilidade do corpo e a redução simbólica do imaginário da imortalidade a partir da série Altered Carbon
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Informações
Título
Tecnoimortalidade: a inutilidade do corpo e a redução simbólica do imaginário da imortalidade a partir da série Altered Carbon
Título (EN)
Technoimmortality: the uselessness of the body and the symbolic reduction of the imaginary of immortality from the Altered Carbon series
Autor(es)
Marta Beatriz Conceição Guedes
Orientador(es)
Malena Segura Contrera
Data de Defesa
11/03/2024
Resumo (EN)
This work aims to study the representations of the body exhibited in the show Altered Carbon, since its first manifestation, while organic matter, passing through its relation with the myth, until arriving to its dematerialization in the hologrammatic body inhabited by an Artificial Intelligence. Furthermore, it is the theoretical object of the investigation to understand if the technological immortality presented on the show, and proclaimed by the transhumanist movement, shows itself as a consequence of the desacralization of the body. The problematic of the dissertation is: at what point the transhumanist cosmovision, reflected in the series Altered Carbon, through the means of the massive investment on science and technology, sells the idea of technological immortality, based on the vanishing of the body, reflex of the disenchantment of the world. Would technoimmortality be the reduction of the symbolic value of the body and of transcendence due to the media culture? The methodology used is based on Bardin’s content analysis (1988). The first chapter presents the show, broadcast by Netflix, being composed of two seasons, with 18 episodes in total. In this chapter, the main characters and how the body and immortality are shown in fiction are still introduced, through the analysis of the most relevant scenes to the investigation of the research object. In the second chapter, a digression of the archaic body to the hologrammatic one is made, starting from the mythological body and passing through the categories of bodies identified in the series. The third chapter brings symbolic concepts of death and immortality, traversing the path since the irruption of the image of immortality and its symbolism, arriving at the current technophile desire of technological immortality. It is used, for research, the website IMDb in order to evidence the themes relevance, as well as the rise in the number of media productions versing about immortality; search on the internet of cases of attempts to immortality or delay of death; and also, documentary researches(books, documentaries, and news) are used with intention to deepen the virtualization of the body in favor of technological immortality. Ultimately, the work is based on the concepts of body, death, immortality, consciousness, technology and transhumanism. It is used the Complexity paradigm of Morin (2011). The term transhumanism is treated with Estulin (2019) and Ferry (2018). The term body and its vanishing are debated by Keleman (2001), Le Breton (2013) and Contrera (2005). Image, Symbol, Myth, Archetype and Imagination are brought from Jung (2008), Chevalier (2020), Eliade (2018). Death is treated from Morin (1970,1975). The term immortality was developed by Alexandre (2018,2022), Baudrillard (2002), Jung (2022) and Eliade (2018). Consciousness and Conscient are understood from Jung (2013) and Neumann (2008). Iconophagy is treated from Baitello Jr. (2005).
Resumo
Este trabalho objetiva investigar as representações do corpo apresentadas na série Altered Carbon, desde a sua primeira manifestação, enquanto matéria orgânica, passando pela sua relação com o mito, até chegarmos à sua desmaterialização no corpo hologramático habitado por uma Inteligência Artificial. Além disso, é objeto teórico da investigação entender se a imortalidade tecnológica apresentada na série, e apregoada pelo movimento transumanista, se mostra como uma consequência da dessacralização do corpo. A problemática da dissertação é: em que medida a cosmovisão transumanista, refletida na série Altered Carbon, por meio do massivo investimento em ciência e tecnologia, vende a ideia de imortalidade tecnológica, com base no apagamento do corpo, reflexo do desencantamento do mundo. Seria a tecnoimortalidade a redução do valor simbólico do corpo e da transcendência decorrente da cultura mediática? A metodologia utilizada tem base na análise de conteúdo, de Bardin (1988). O primeiro capítulo apresenta a série Altered Carbon, veiculada na Netflix, sendo composta por duas temporadas, com 18 episódios no total. Neste capítulo ainda são apresentadas as principais personagens da série e como o corpo e a imortalidade são exibidos na ficção, por meio da análise das cenas mais relevantes para investigação do objeto da pesquisa. No segundo capítulo é feita uma digressão do corpo arcaico até o corpo hologramático, partindo do corpo mitológico e passando pelas categorias de corpos identificadas na série. O terceiro capítulo traz os conceitos simbólicos de morte e imortalidade, percorrendo o caminho desde a irrupção da imagem de imortalidade e sua simbologia, chegando ao atual desejo tecnófilo de imortalidade tecnológica. Utiliza-se de pesquisa no site IMDb para demonstrar a relevância do tema, bem como o aumento do número de produções mediáticas versando sobre imortalidade; pesquisa na internet de casos de tentativa de imortalidade ou de retardamento da morte; e ainda, usa-se pesquisas documentais (livros, documentários e notícias) com intenção de aprofundamento da virtualização do corpo em prol da imortalidade tecnológica. Fundamentalmente, o trabalho tem base nos conceitos de corpo, morte, imortalidade, consciência, tecnologia e transumanismo. Utiliza-se o paradigma da Complexidade de Morin (2011). O termo transumanismo é tratado com Estulin (2019) e Ferry (2018). O termo corpo e seu apagamento são discutidos por Keleman (2001), Le Breton (2013) e Contrera (2005). Imagem, Símbolo, Mito, Arquétipo e Imaginação são trazidos a partir de Jung (2008), Chevalier (2020), Eliade (2018). A morte é tratada a partir de Morin (1970, 1975). O termo imortalidade foi desenvolvido por Alexandre (2018, 2022), Baudrillard (2002), Jung (2022) e Eliade (2018). Consciência e Consciente são entendidos a partir de Jung (2013) e Neumann (2008). Iconofagia é tratado a partir de Baitello Jr. (2005).
Coleção
Tipo
Dissertação
Palavras-chave
Corpo; Imortalidade; Transumanismo; Imaginário; Iconofagia;
Publicado em
GUEDES, M. B. C., CONTRERA, M. S. (Orientadora). Tecnoimortalidade: a inutilidade do corpo e a redução simbólica do imaginário da imortalidade a partir da série Altered Carbon. 2024. Dissertação (Mestrado em Comunicação) - Universidade Paulista, São Paulo, 2024;
Área de Concentração
Comunicação e Cultura Midiática
Linha de Pesquisa
Contribuições da mídia para a interação entre grupos sociais
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq
Mídia e Estudos do Imaginário
Instituição
Universidade Paulista
Financiamento
Capes - PROSUP
Direito de Acesso
Acesso Aberto