Quando bem-estar nem sempre é estar bem: a revista “Marie Claire” e as estratégias discursivas (2008 a 2011)
Anexos
Informações
Título
Quando bem-estar nem sempre é estar bem: a revista “Marie Claire” e as estratégias discursivas (2008 a 2011)
Autor(es)
Daniela Menezes da Silva dos Santos
Orientador(es)
Barbara Heller
Data de Defesa
21/10/2013
Resumo (EN)
The aim of this thesis is to study the section “Bem Viver” of the magazine Marie Claire (2008-2011) in order to discuss feminine social control in the contemporary world in the light of Foucault‟s theory (2011). We analise the discourse of well being, which permeates this section, in order to find out whether the variations that this term has suffered were due, mainly, to the changes in the trends of consumerism in the contemporary world, considering that it is one of the tools that facilitates both, explicitly and implicitly, feminine social control. In the first chapter, in the light of Foucault‟ theory, we reflect on his use of both the term torture and physical pain, as a form of social control, as well as the different forms that they have assumed, within the same perspective, in the contemporary world. Still from a Foucaldian perspective (2011), we discuss society‟s diverse disciplinarian actions that submit women to established patterns of behavior and, consequently, to social control through the actions inflicted upon their bodies. In the third chapter we compare the notion of well being, articulated in the magazine, with the World Health Organization‟s definition of the term and its use among Brazilian feminine readership. Throughout this thesis, Foucault‟s panopticon (2011) functioned as a theoretical reference in order to understand feminine self-control in contemporary society and media, particularly in Marie Claire, in which the discourse of well being functions as a device of power over women.
Resumo
Esta dissertação tem por finalidade analisar e discutir o controle social feminino na contemporaneidade a partir das reflexões de Foucault (2011), tendo como objeto de estudo a seção Bem Viver da revista “Marie Claire”, de 2008 a 2011, período em que a referida seção permaneceu ativa. Analisamos o discurso sobre bem-estar veiculado nessa seção para averiguar se as alterações que esse termo sofreu deveu-se, principalmente, à lógica de consumo na contemporaneidade, uma das ferramentas que viabiliza, explícita ou implicitamente, o controle social feminino. No primeiro capítulo, refletimos sobre o suplício e a utilização da dor do corpo como forma de controle social, bem como a sua atualização, dentro da mesma lógica na contemporaneidade. Dando continuidade às ideias de Foucault (2011), buscamos compreender a disciplina coercitiva em várias instâncias da sociedade que submeteram a mulher à padronização de comportamento e, consequentemente, ao controle social por meio das operações do corpo. No terceiro capítulo, comparamos a noção de bem-estar veiculada na revista com a definição desse termo pela Organização Mundial da Saúde (OMS), bem como o entendimento da sua popularização para as brasileiras. O panóptico de Foucault (2011) funcionou como a referência a partir da qual se compreendeu o autocontrole feminino na sociedade contemporânea e a mídia, especificamente a revista “Marie Claire”, como dispositivo de poder sobre a mulher, por meio do discurso de bem-estar.
Coleção
Tipo
Dissertação
Palavras-chave
Bem-estar, Controle Social, Corp
Linha de Pesquisa
Contribuições da mídia para a interação entre grupos sociais
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq
Mídia, cultura e política: identidades, representações e configurações do público e do privado no discurso midiático
Instituição
UNIP
Direito de Acesso
Acesso Aberto