O telejornalismo e sua relação com a educação e a formação da cidadania – uma análise dos programas ‘Jornal Futura’ e ‘Como Será?’
Anexos
Informações
Título
O telejornalismo e sua relação com a educação e a formação da cidadania - uma análise dos programas ‘Jornal Futura’ e ‘Como Será?’
Autor(es)
Carlos Roberto Cordeiro
Orientador(es)
Fernanda Mauricio da Silva
Data de Defesa
20/04/2016
Resumo (EN)
In a moment of transformations of the Brazilian television when new television formats are produced in a media convergence context, journalism is not cast out of this movement. Considering methodologic strategies focused specifically on journalism, as “addressing modes” developed by researcher Itania Gomes, this study seeks the analysis of how shows like "Jornal Futura" and "Como Será?" contribute to education and citizenship, details may face the transformations in journalism when it resignifies its assumptions from social-cultural chances, from political transformations, from technological innovations and, specially, from audience demand. These TV shows present particularities that face these transformations in journalism when it resignifies its premises from sociocultural changes, political transformations, technological innovations and, specially, from the audience demand. To approach TV news and education first general aspects of the educational situation in Brazil are presented, as the essential thought of Paulo Freire, the pedagogical trends analyzed by Professor Saviani, the current condition of teachers, and to approach TV news and the development of “Educomunicação” (meaning Communication and Education) concept. According to Professor Maria Aparecida Baccega, this notion does not mean joining technologies, but to read the texts, taking into account the scientific training of the verbal sign and the action on the significance of this. The current meaning of the verbal sign moves to another meaning, even though it is close to the first one, so that such movement hits back society aiming at a reform work or revolution in the social context. In a specific chapter about “television and everyday life”, which finds its reference in the book of Roger Silverstone under a similar name, the study will still analyze how TV broadcasting lives with the family and the school, how it influences culture and the Brazilian society, what may lead this media to be recognized as a formation agency. The analysis of the TV shows “Jornal Futura” and “Como Será?” from their agendas and reports to the performance of presenters and reporters, as well as aspects of sound design and images, leads to a possibility to join technological resources to educational information. Using informal language and audiovisual resources, such programs present a perspective of wider hybrid possibilities for television programs and social cultural convergence of technological medias. By using informal language and audiovisual resources, they seem to meet the expectations of the audience to fulfill the "promise " described by François Jost, according to which any television genre is based on the commitment of a relationship with a world whose degree of existence conditions the membership or the receiver participation. So even without being self-defined as educational programs, the “Jornal Futura” and “Como Será?” They come in a growing prospect of hybridization of television programs, of socio-cultural convergence of technological media and, therefore, can participate directly in the awareness and civic education of its viewers, consumers.
Resumo
Em um momento de transformações da televisão brasileira, em que surgem novos formatos televisivos produzidos num contexto de convergência das mídias, o segmento jornalístico não se exclui desse movimento. Considerando-se conceitos metodológicos dirigidos especificamente para o jornalismo, como os “modos de endereçamento” desenvolvidos pela pesquisadora Itania Gomes, este estudo busca analisar como os programas ‘Jornal Futura’ e ‘Como Será?’ podem contribuir para a educação e formação da cidadania por meio de uma estratégia diferenciada de telejornalismo. Esses programas apresentam particularidades que vão ao encontro dessas transformações no jornalismo ao ressignificar suas premissas a partir das mudanças socioculturais, das transformações políticas, das inovações tecnológicas e, especialmente, da própria demanda da audiência. Para abordarmos o telejornalismo e a educação, consideramos necessário, inicialmente, apresentar alguns aspectos gerais da situação educacional do Brasil, como o indispensável pensamento de Paulo Freire, as correntes pedagógicas analisadas por Saviani, a condição atual dos professores, além de citar o desenvolvimento do conceito de “Educomunicação” (ou Comunicação e Educação). Segundo Maria Aparecida Baccega, esta noção não significa juntar tecnologias, mas saber ler os textos, levando-se em consideração a formação científica do signo verbal e a atuação sobre o significado deste. Desloca-se o atual significado do signo verbal para outro significado, ainda que próximo daquele, de modo que tal deslocamento se volte para toda a sociedade visando a um trabalho de reforma ou revolução no contexto social. Em capítulo específico sobre “televisão e cotidiano”, cuja referência, entre outros, é o livro de Roger Silverstone, que leva nome semelhante, o estudo ainda analisa como a TV convive com a família e a escola, como influencia a cultura e a cidadania brasileira, o que pode levar esta mídia a ser reconhecida como uma agência de formação. A análise dos programas ‘Jornal Futura’ e ‘Como Será?’, desde suas pautas e reportagens até a performance dos apresentadores e repórteres, além de aspectos de sonoplastia e imagens, aponta para uma possibilidade de unir os recursos tecnológicos à formação do cidadão. Por utilizarem linguagem informal e recursos audiovisuais, parecem atender à expectativa da audiência ao cumprir a “promessa” descrita por François Jost, segundo o qual qualquer gênero televisivo se assenta no compromisso de uma relação com um mundo cujo grau de existência condiciona a adesão ou a participação do receptor. Assim, mesmo sem se autodefinir como programas educativos, o ‘Jornal Futura’ e o ‘Como Será?’ apresentam-se dentro de uma perspectiva cada vez maior de hibridização dos programas televisivos, de convergência sociocultural das mídias tecnológicas e, por essa razão, podem participar diretamente da consciência e formação cidadã de seus telespectadores, consumidores.
Coleção
Tipo
Dissertação
Palavras-chave
Jornal Futura, Como Será?, Educação, Cidadania
Linha de Pesquisa
Configurações de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq
Grupo de Pesquisa em Análise de Produtos Audiovisuais
Instituição
UNIP
Direito de Acesso
Acesso Aberto