IMERSÃO DIGITAL E SUICÍDIO: a mortificação do corpo na sociedade midiática
Documento
Informações
Título
IMERSÃO DIGITAL E SUICÍDIO: a mortificação do corpo na sociedade midiática
Autor(es)
Regina Helena de Oliveira Santos Nicolósi
Orientador(es)
Malena Segura Contrera
Data de Defesa
27/10/2021
Resumo
A presente pesquisa trata do tema da relação entre o consumo excessivo de internet, a imersão digital, e o suicídio entre adolescentes na faixa etária de 15 a 29 anos considerando o processo de sedação do corpo na sociedade midiática. A hipótese principal que foi considerada era se havia relação entre a sedação do corpo oriunda da imersão digital e o rebaixamento da capacidade empática, levando ao aumento dos casos de suicídio a partir de um sofrimento emocional exacerbado por este contexto. A partir disso o objetivo principal foi analisar as relações entre imersão digital, sedação do corpo, rebaixamento da empatia e dificuldades na formação de vínculos comunicativos e psicoafetivos, estabelecendo ainda relações entre essas questões e o aumento crescente nos índices oficiais de suicídios entre adolescentes. A metodologia da pesquisa foi pesquisa bibliográfica e exploratória e análise dos índices oficiais públicos sobre o suicídio. No primeiro capítulo foram levantados dados sobre o suicídio, desde as primeiras análises teóricas de Durkheim até os dados atualizados da OMS em 2020, apresentando os índices oficiais acerca do fenômeno analisado. O segundo capítulo apresenta os dados relativos ao consumo crescente de mídia eletrônica e seus aparatos pelo mundo, estabelecendo relações entre países que apresentam maiores índices de suicídios e maior número de horas de uso de mídia eletrônica digital. No terceiro capítulo foram trabalhados os conceitos da morte voluntária e as diferentes compreensões do suicídio na história da civilização, com foco nas sociedades ocidentais. O quarto capítulo tratou da relação entre a imersão tecnológica, o declínio dos sentidos e a queda da empatia até o desaparecimento do corpo, impactando a formação de vínculos comunicativos e psicoafetivos. O suporte teórico da pesquisa foi a Teoria da Mídia da Escola Alemã de Berlim e da Escola de São Paulo (Harry Pross, Norval Baitello Jr, Malena Contrera e Jorge Miklos), a Antropologia do corpo (Dietmar Kamper, Christoph Wulf e David Le Breton), Psicologia Arquetípica (Carl G.Jung e James Hillman), autores especializados em suicídio (Émile Durkheim, Georges Minois e Neury Botega) as contribuições da etologia (Frans De Waal), e demais autores constantes das referências. A conclusão apresentada visa contribuir com a reflexão acerca dos limites desejáveis para a imersão digital, considerando seus impactos em adolescentes, fomentando uma discussão ética sobre o uso consciente da mídia eletrônica, o que infelizmente pouco tem se visto contemporaneamente.
Coleção
Tipo
Tese
Palavras-chave
imersão digital; sedação do corpo; empatia; suicídio;
Publicado em
NICOLOSI, R. H. de O. IMERSÃO DIGITAL E SUICÍDIO: a mortificação do corpo na sociedade midiática. 2021. Tese (Doutorado em Comunicação) - Universidade Paulista, São Paulo, 2021. Disponível em: https://repositorio.unip.br/wp-content/uploads/tainacan-items/191/85415/NICOLOSI-R-H-de-O-S.pdf Acesso em: xx/xx/xx.
Área de Concentração
Comunicação e Cultura Midiática
Linha de Pesquisa
Contribuições da mídia para a interação entre grupos sociais
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq
Mídia e Estudos do Imaginário
Instituição
UNIP
Financiamento
Vice-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa
Direito de Acesso
Acesso Aberto