As marcas enunciativas do negro histórico no jornal o Clarim da Alvorada
Documento
Informações
Título
As marcas enunciativas do negro histórico no jornal o Clarim da Alvorada
Autor(es)
Edilson Cândido da Silva
Orientador(es)
Antonio Adami
Data de Defesa
28/06/2021
Resumo
O Clarim da Alvorada, lançado em 1924 na cidade de São Paulo, faz parte da imprensa negra e a assunção do jornal é do negro que assume a voz e marca sua identidade no discurso. O tema é, então, a constituição do negro nas marcas das vozes enunciativas presentes nesse jornal e o problema de pesquisa consiste na pergunta se esse jornal, apesar de uma série de contradições, típicas de um jornal, foi criado para dar de fato voz ao negro, vendo-o como sujeito histórico. Pelo fato de o jornal em si fazer parte da cultura comunicacional de uma determinada época, cuja dimensão cultural-ideológica é a manutenção de uma hegemonia, levanta-se a hipótese sobre O Clarim, que, em seu propósito na construção do negro como sujeito histórico, rompe ou não o caráter estandardizado e redutor que favorece o status quo de uma sociedade ainda muito centralizada do início do século XX. Assim, o objetivo geral é contribuir com os estudos sobre o jornal O Clarim da Alvorada, especificamente sobre as vozes que marcam o negro histórico no jornal, e os objetivos específicos são identificar as vozes enunciativas do negro constituídas no jornal O Clarim da Alvorada; distinguir a voz autor que assume a escrita, gerencia linha editorial e a estrutura do jornal e faz referência às outras vozes do negro das vozes sociais, que são aquelas referenciadas pela voz do autor; relacionar as vozes – do autor e sociais – às posições sociais que marcam a identidade do negro no jornal. A abordagem metodológica é o materialismo cultural dos Estudos Culturais, para os quais a cultura é um espaço de intervenção política na realidade. O método de procedimento, por sua vez, é a análise cultural, cujas categorias são política, conjuntural e articula produção e consumo cultural aplicadas às vozes enunciativas tanto à voz do autor quanto às vozes sociais. As categorias são aplicadas para a identificação das vozes enunciativas que marcam a identidade do negro em O Clarim da Alvorada, delimitando-se à primeira edição de cada fase do jornal, a saber: 1ª fase do jornal: n. 1, 1924; 2ª fase do jornal: n. 1, 1928; 3ª fase do jornal: n. 1, 1940. O resultado é a confirmação do negro como sujeito histórico por meio das marcas enunciativas. Essas marcas mostram que a identificação do negro não é homogênea; ao contrário, a voz do negro é múltipla e assume diferentes posições sociais.
Tipo
Dissertação
Palavras-chave
O Clarim da Alvorada, lançado em 1924 na cidade de São Paulo, faz parte da imprensa negra e a assunção do jornal é do negro que assume a voz e marca sua identidade no discurso. O tema é, então, a constituição do negro nas marcas das vozes enunciativas presentes nesse jornal e o problema de pesquisa consiste na pergunta se esse jornal, apesar de uma série de contradições, típicas de um jornal, foi criado para dar de fato voz ao negro, vendo-o como sujeito histórico. Pelo fato de o jornal em si fazer parte da cultura comunicacional de uma determinada época, cuja dimensão cultural-ideológica é a manutenção de uma hegemonia, levanta-se a hipótese sobre O Clarim, que, em seu propósito na construção do negro como sujeito histórico, rompe ou não o caráter estandardizado e redutor que favorece o status quo de uma sociedade ainda muito centralizada do início do século XX. Assim, o objetivo geral é contribuir com os estudos sobre o jornal O Clarim da Alvorada, especificamente sobre as vozes que marcam o negro histórico no jornal, e os objetivos específicos são identificar as vozes enunciativas do negro constituídas no jornal O Clarim da Alvorada; distinguir a voz autor que assume a escrita, gerencia linha editorial e a estrutura do jornal e faz referência às outras vozes do negro das vozes sociais, que são aquelas referenciadas pela voz do autor; relacionar as vozes – do autor e sociais – às posições sociais que marcam a identidade do negro no jornal. A abordagem metodológica é o materialismo cultural dos Estudos Culturais, para os quais a cultura é um espaço de intervenção política na realidade. O método de procedimento, por sua vez, é a análise cultural, cujas categorias são política, conjuntural e articula produção e consumo cultural aplicadas às vozes enunciativas tanto à voz do autor quanto às vozes sociais. As categorias são aplicadas para a identificação das vozes enunciativas que marcam a identidade do negro em O Clarim da Alvorada, delimitando-se à primeira edição de cada fase do jornal, a saber: 1ª fase do jornal: n. 1, 1924; 2ª fase do jornal: n. 1, 1928; 3ª fase do jornal: n. 1, 1940. O resultado é a confirmação do negro como sujeito histórico por meio das marcas enunciativas. Essas marcas mostram que a identificação do negro não é homogênea; ao contrário, a voz do negro é múltipla e assume diferentes posições sociais.
Publicado em
SILVA, E. C. da. As Marcas Enunciativas do Negro Histórico no Jornal O Clarim da Alvorada. 2021. Dissertação (Mestrado em Comunicação) - Universidade Paulista, São Paulo, 2021. Disponível em: https://repositorio.unip.br/wp-content/uploads/tainacan-items/191/85322/EDILSON-CÂNDIDO-DA-SILVA.pdf Acesso em: xx/xx/xx.
Área de Concentração
Comunicação e Cultura Midiática
Linha de Pesquisa
Configuração de produtos e processos na cultura midiática
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq
Mídia, Cultura e Memória
Instituição
UNIP
Financiamento
Vice-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa
Direito de Acesso
Acesso Aberto