Memória Amordaçada: o massacre do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto
Anexos
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34556-Texto do artigo-145398-1-10-20210828
Metadados
Título
Memória Amordaçada: o massacre do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto
Título (EN)
Muzzled Memory:the massacre of the Caldeirão da Santa Cruz do Deserto
Autor(es)
Kelsma Maria Silva Gomes João Batista Freitas Cardoso Priscila Ferreira Perazzo Barbara Heller
Instituição
Universidade Paulista
Tipo
Artigo
Publicado em
Revista Lumina
Resumo (EN)
This article aims at discussing the production of muzzled memory from the discussions regarding memory, history and the silencing of the 1937 massacre at the Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, episode in the history of Ceará, a state in northeastern Brazil, which took place less than a century ago in a socio-religious community led by the pious José Lourenço, in the Cariri region. The research is based on Michel Pollak’s category of subterranean memories in order to understand how the history of the massacre was silenced, but not forgotten. The corpus of analysis is composed of reports by three remnants of the massacre who kept said event in their memory, even though they had no direct action in the episode. The spoken narratives of the episodes allowed us to understand the processes by which social memory is sometimes muzzled but other times come up again. It is understood that this event can be considered as one of those present time stories, because it has the characters’ memories, either those who acted, lived or even witnessed the massacre. However, it is a muzzled memory, as it was violently silenced.KeywordsHistory; Memory; Silence; Caldeirão da Santa Cruz do Deserto.
Resumo
O artigo visa discutir a produção da memória amordaçada a partir das discussões da memória, da história e do silenciamento sobre o massacre do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, episódio da história do Ceará, estado do Nordeste brasileiro, ocorrido há menos de um século em uma comunidade sociorreligiosa liderada pelo beato José Lourenço, na região do Cariri, em 1937. A pesquisa se sustenta na categoria de memórias subterrâneas de Michel Pollak, para entender como a história do massacre ficou silenciada, mas não esquecida. O corpus de análise é composto por relatos de três remanescentes que guardaram o acontecimento na memória, mesmo não tendo tido ação direta no episódio. As narrativas orais dos episódios permitiram entender os processos pelos quais a memória social é amordaçada e como vem à superfície. Entende-se que o massacre do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto pode ser considerado como uma dessas histórias do tempo presente, porque conta com as lembranças de personagens, daqueles que atuaram, viveram ou mesmo testemunharam os acontecimentos. No entanto, é uma memória amordaçada, visto que foi silenciada de modo violento.
Palavras-chave
História; Memória; Silêncio; Caldeirão da Santa Cruz do Deserto
Direito de Acesso
Acesso Aberto
Financiamento
Nada consta