“Assim caminha a pesquisa em cultura pop, sexualidades e gênero”: Pensar, reinvindicar e imaginar existências
Autor(es)
Larissa Pelucio, Adriana Amaral, Thiago Soares
Instituição
Universidade Paulista
Tipo
Artigo
Publicado em
REBEH - Revista Brasileira de Estudos em Homocultura
Resumo
Historicamente, o espaço acadêmico tem suspeitado da cultura pop enquanto
área relevante para a pesquisa. Considerada como demasiadamente comercial, alienante
e, até mesmo de mau gosto, o pop não deveria integrar o reino sagrado do conhecimento
científico. Em ambientes das mídias digitais, grupos políticos, trolls e uma parte da
imprensa ainda reage negativamente a qualquer menção de pesquisas subsidiadas por
agências governamentais que tratem questões da cultura pop: “Como assim pesquisa
sobre Beyoncé na universidade?”, questionam e atacam temas. Quando se trata de
culturas pop outras, pretas, periféricas, trans, a recepção levanta ainda mais suspeitas
quanto a validade do que se está produzindo no campo teórico. Os ataques aos estudos
sobre o funk carioca, por exemplo, são flagrantes dessa hierarquização que autoriza e
reforça a tentativa de criminalização do que é produzido nas margens do hegemônico.