Efeito da luz ultravioleta C na estabilidade da cor de silicone para prótese facial: Estudo in vitro.

Resumo

A higiene das próteses faciais é de grande importância para sua qualidade e longevidade. No entanto, faz-se necessário protocolos de limpeza que não acelerem a alteração de cor a longo prazo. O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar a alteração de cor após a irradiação com luz ultravioleta C (LED UV-C) na estabilidade de cor do silicone (A-588-1; Fator II) utilizado em próteses faciais, com coloração intrínseca em um prazo de 6, 12 e 24 meses de tratamento. Foram confeccionadas 120 amostras de 4 mm x 2 mm em silicone medicinal, subdivididos em cor clara e escura, com pigmentação intrínseca, divididos em 12 grupos (n = 10), com dois tratamentos: clorexidina 0,12% e luz UV-C LED. O tratamento dessas amostras foi padronizado em 20 minutos diários, simulando o tempo em 6, 12 e 24 meses. Foram feitas leituras em espectrofotômetro (Konica Minolta) antes e após os tratamentos das amostras. Considerou-se nos modelos os efeitos de tonalidade, tratamento, tempo de tratamento, com medidas repetidas no tempo (inicial e final), bem como todas as interações entre os efeitos. O silicone de tonalidade clara apresentou aumento significativo do valor L (p < 0,05). O silicone das duas tonalidades apresentou diminuição significativa do valor a (p < 0,05). O silicone de tonalidade clara tratado com clorexidina apresentou aumento significativo no valor “b”, independentemente do tempo de tratamento (p < 0,05). O silicone de tonalidade escura tratado por 180 dias
com clorexidina apresentou aumento significativo do valor “b” (p < 0,05). A maioria das
amostras de silicone de tonalidade clara apresentou variação perceptível, e a maioria
das amostras de silicone escuro apresentou variação não perceptível. Conclui-se que
a limpeza do silicone de grau médico utilizado nas próteses faciais com a luz ultravioleta C é eficaz e não altera a cor desse material em 6, 18 e 24 meses.