Os peixes da Floresta Nacional de Ipanema (Livreto)

Resumo/assunto

A Flona de Ipanema detem uma
importante representatividade da
ictiofauna da bacia do rio Sorocaba,
Tietê e Alto Paraná. Os estudos
ictiológicos na área da Flona de
Ipanema, antigamente chamada de
Fazenda Ipanema, começou com
Johann Natterer, que coletou peixes
no inicio do século XIX, no rio
Ipanema, “perto de Sorocaba"
(Straube, 2000), este um afluente do
rio Sorocaba (Vanzolini, 1993). Os
especimes coletados por Natterer,
foram descritas por Rudolf Kner,
Franz Steindachner e Jacob Heckel. Os peixes coletados no rio Ipanema, foram
depositados no Museu de Viena, na Áustria. A
espécie Prochilodus vimboides (corimba de
lagoa) foi descrita por Rudolf Kner em 1859
com base em espécimes coletados por
Natterer no rio Ipanema. Esta espécie
considerada rara e ameaçada, foi novamente
amostradas após 200 anos devido as
contínuas pesquisas realizadas no rio
Ipanema (Smith, 2025). Além das expedições científicas realizadas no início do século XIX, os
coletores E. Von Zeidler, E. Garbe e J. Lima, do Museu de Zoologia da
USP, realizaram coletas entre 1896 e 1907, ao longo do rio Ipanema
(Smith, 2003). Um total de quinze espécies de peixes foram identificadas
entre elas Eigenmannia virescens (tuvira), Acestrorhynchus lacustris
(cadela), Crenicichla jaguarensis (joaninha) e Hypostomus ancistroides
(cascudo). Após essas coletas, muitos anos se
passaram sem qualquer captura ou
pesquisa de peixes na área da Flona de
Ipanema, até 1993, quando começaram
novamente as pesquisas com peixes nessa
localidade, que continuam até os dias de
hoje. Em 2013, Smith et al. (2013)
documentaram 50 espécies, enquanto que
em 2021, 89 espécies foram registradas por
Smith et al. (2021).
Atualmente são registradas para a Floresta
Nacional de Ipanema 101 espécies de
peixes. Diversas espécies são encontradas
na Barragem de Hedberg, entre elas,
Astyanax lacustris (lambari do rabo
amarelo), Cyphocharax modestus (saguiru),
Acestrorhynchus lacustris (peixe cachorra),
Psalidodon fasciatus (lambari do rabo
amarelo), Geophagus iporengensis (cará),
além das não nativas, Coptodon rendalli
(tilápia) e Oreochromis niloticus (tilápia)
(Smith et al., 2021).