Uso da cariometria no diagnóstico diferencial entre lesões adrenocorticais benignas e malignas em cães e furões (Mustela putorius furo)
Anexos
Informações
Título
Uso da cariometria no diagnóstico diferencial entre lesões adrenocorticais benignas e malignas em cães e furões (Mustela putorius furo)
Autor(es)
Mario Jose dos Santos Junior
Orientador(es)
José Guilherme Xavier
Data de Defesa
27/12/2017
Resumo
O diagnóstico diferencial de formações nodulares adrenocorticais representa um desafio ao patologista, dada à sobreposição de características morfológicas entre condições benignas e malignas. O objetivo deste estudo foi avaliar a adequação da morfometria nuclear na distinção entre esses processos em cães e furões (Mustela putorius furo). Para tanto, foram reunidas 20 lesões nodulares adrenocorticais, provenientes de adrenalectomias em furões e cães. Todas as amostras utilizadas neste estudo foram fixadas em formalina e submetidas a processamento histológico de rotina. Para cada amostra, foram realizados cortes de 5 µm de espessura para exame histológico. Histopatologicamente, foram diagnosticados em cães, 4 hiperplasias, 2 adenomas e 4 carcinomas. Nos furões, 3 hiperplasias, 2 adenomas e 5 carcinomas. A partir de imagens obtidas com o microscópio Opticam® acoplado à câmara, procedeu-se à morfometria nuclear com o emprego do software Metamorph®, delineando-se manualmente, com o cursor, os núcleos das células parenquimatosas nas lesões adrenocorticais, avaliando-se área e perímetro nucleares. O diagnóstico histopatológico foi realizado a partir de critérios previamente descritos em literatura para as lesões adrenocorticais em humanos, destacando-se o pleomorfismo celular, atividade mitótica, invasão capsular e embolização vascular nas condições malignas. Foi identificada diferença estatisticamente significante, em área e perímetro nucleares, entre lesões benignas e malignas, em ambas as espécies (p<0,0001, teste t de Student). Tais achados reforçam a relação entre arquitetura nuclear e função celular e sinalizam para a possibilidade do uso da citologia no diagnóstico diferencial entre lesões benignas e malignas adrenocorticais.
Resumo (EN)
The differential diagnosis of adrenocortical nodular formations represents a challenge to the pathologist, given to overlapping of morphological characteristics between benign and malignant conditions. The aim of this study was to evaluate the adequacy of nuclear morphometry in the distinction between them, in dogs and ferrets (Mustela putorius furo). Therefore, 20 adrenocortical nodular lesions were collected, from adrenalectomies in ferrets and dogs. All tissues used in this study were fixed in formalin and routinely processed for histology. From each specimen, a 5µm hematoxylin and eosin-stained sections were made for histologic examination. Histopathologically, 4 hyperplasias, 2 adenomas and 4 carcinomas were diagnosed in dogs. In ferrets, 3 hyperplasias, 2 adenomas and 5 carcinomas. From the obtained images with the Opticam® microscope coupled to the camera, a nuclear morphometry was made using Metamorph® software, outlining manually, with the cursor, the nucleus of parenchymal cells in the adrenocortical lesions, evaluating nuclear area and perimeter. The histopathological diagnosis was made based on previous described criteria for the adrenocortical lesions in humans, highlighting the cellular pleomorphism, mitotic activity, capsular invasion and vascular embolization in malignant conditions. A statistically significant difference was found in nuclear area and perimeter between benign and malignant lesions in both species (p <0.0001, Student’s t test). These findings reinforce the relationship between nuclear architecture and cellular function and signalise the possibility of using cytology in the differential diagnosis between benign and malignant adrenocortical lesions.
Tipo
Dissertação
Palavras-chave
Cães, Cariometria, Furões, Tumor de Adrenal
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq
Biologia da diferenciação e transformação celulares: modulação por fatores endógenos e exógenos
Instituição
UNIP
Direito de Acesso
Acesso Aberto