Relação entre imunossupressão e coccidiose clínica em frangos de corte criados comercialmente
Anexos
Informações
Título
Relação entre imunossupressão e coccidiose clínica em frangos de corte criados comercialmente
Autor(es)
Veranice Galha
Orientador(es)
Maria Anete Lallo
Data de Defesa
01/09/2006
Resumo
Frangos de corte criados comercialmente estão expostos a vários fatores que podem comprometer a competência do sistema imune, tornando-os suscetíveis à infecção por coccídias. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a resposta imune celular em frangos acometidos por coccidiose clínica. Para tal, frangos de corte, de ambos os sexos, com 35 a 38 dias de vida, foram distribuídos em 3 grupos: grupo I (n=14) - formado por aves sem coccidiose; grupo II (n=16) - formado por aves com coccidiose clínica e grupo III (n=15) - formado por aves sem coccidiose e imunossuprimidas com dexametasona (4mg/kg/dia por 4 dias, via subcutânea). O diagnóstico de coccidiose foi realizado, empregando-se a técnica de centrífugo-flutuação com solução saturada de sacarose, para investigação de oocistos nas fezes e pelas alterações macroscópicas do intestino, observadas na necropsia dos animais. A resposta imune foi avaliada por meio da reação basofílica cutânea (CBH) à fitoemaglutinina na prega interdigital e o índice entre o peso da bursa de Fabrícius e do baço em relação ao peso corporal. Os frangos dos grupos II e III apresentaram menor reação CBH à fitoemaglutinina que os do grupo I, evidenciando diminuição da resposta imune celular. Adicionalmente, as aves do grupo III mostraram diminuição significante do peso da bursa de Fabrícius e do baço em relação aos animais dos outros grupos. As espécies de coccídias encontradas foram E. acervulina e E. maxima nos animais dos grupos II e III, sendo adicionalmente observada E. tenella nas aves tratadas com dexametasona. Conclui-se desta forma que a supressão da resposta imune foi fundamental para a ocorrência de coccidiose em aves.
Resumo (EN)
Broiler chicks commercially raised are exposed to a number of factors which may compromise the competence of the immune system, possibly increasing susceptibility to coccidia infection. The purpose of this study was to evaluate the cellular immune response in broilers with clinical coccidiosis. Male and female broiler chickens, from 35 to 38 days- old, were divided into 3 groups - group I (n= 14), including chickens without coccidiosis; group II (n= 16), including birds with clinical coccidiosis; group III (n= 15), constituted by chickens with no coccidiosis and immunosuppressed with dexamethasone (4mg/kg/day for 4 days, subcutaneous route ). The diagnosis of coccidiosis was achieved using the centrifugal floatation technique in sucrose solution to investigate the presence of oocystis in stools, as well as by the observation of macroscopic changes in the gut at necropsy. The immune response was evaluated by determination of cutaneous basophil hypersensitivity (CBH) response to phytohemagglutinin (PHA) in the interdigital skin and of the weight ratio of bursa of Fabricius and spleen in relation to the body weight. Broilers from group II and III presented decreased CBH reaction to PHA in relation to group I, suggesting a decrease of the cellular immune response. ln addition, chickens from group III presented a significant decrease in the weight of the bursa of Fabricius and of the spleen. The coccidian types were E. acervulina and E maxima in chickens from groups II and III, as well as E tenella in chickens treated with dexamethasone. We conclude that the suppression of immune response was fundamental for the occurrence of coccidiosis in chickens.
Tipo
Dissertação
Palavras-chave
Coccidiose, Imunossupressão, Frangos de Corte
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq
CLININFEC – Clínica e Doenças Infecciosas Veterinárias
Instituição
UNIP
Direito de Acesso
Acesso Aberto