Redução do crescimento tumoral e modulação microambiental em camundongos submetidos a modelo de esquizofrenia
Anexos
Informações
Título
Redução do crescimento tumoral e modulação microambiental em camundongos submetidos a modelo de esquizofrenia
Autor(es)
Anderson Amaro Melo Dos Santos
Orientador(es)
José Guilherme Xavier
Data de Defesa
03/08/2018
Resumo
A esquizofrenia é uma desordem psiquiátrica de origem multifatorial que acomete cerca de 1% da população mundial. Estudos epidemiológicos indicam menor incidência de câncer em pacientes esquizofrênicos. Além de um importante componente genético, aspectos ambientais estão relacionados ao aparecimento da condição, sendo a infecção materna durante a prenhez um dos fatores de risco. Neste estudo foi avaliado o crescimento tumoral em animais submetidos ou não a modelo murino de esquizofrenia, fundamentado na influência permanente de infecção pré-natal sobre a prole de camundongos, em um período com efeitos que simulam a esquizofrenia. Os parâmetros avaliados foram o volume neoplásico, histopatologia, atividade proliferativa tumoral, vascularização, matriz extracelular e expressão de COX-2 por leucócitos infiltrantes. Foram utilizadas as progênies de camundongos Swiss, totalizando 54 animais, machos e fêmeas. As matrizes foram inoculadas ou não ao nono dia de prenhez com Poli-I:C. Aos 2 meses de idade suas progênies receberam subcutaneamente suspensão contendo 5,0 x 106 células do tumor de Ehrlich. Após 30 dias de inoculação, os tumores foram excisionados, mensurados e submetidos à avaliação histológica, histoquímica e imuno-histoquímica. Houve diferença estatisticamente significante relativa ao volume tumoral, porém sem diferença quanto à atividade proliferativa de suas células, sendo os tumores presentes em animais do grupo experimental em média menores, com maior densidade microvascular, maior deposição de matriz extracelular e menor expressão de COX-2. Tais achados corroboram os relatos de restrição ao crescimento tumoral em pacientes esquizofrênicos, reforçando a ação do Poli-I:C no nono dia de prenhez como modelo desse transtorno psiquiátrico. Particularmente, as alterações na quantidade e padrão de deposição de elementos da matriz extracelular podem alterar as interações mecânicas e potencialmente a expressão gênica nesse microambiente, interferindo na sinalização celular e na evolução tumoral. Também a resposta inflamatória apresenta sinais de modulação, com uma menor expressão leucocitária de COX-2 no microambiente tumoral no grupo experimental, interferindo potencialmente na sobrevida das células tumorais. Por fim, merece referência a presença de alterações também na composição da matriz extracelular em regiões encefálicas no paciente esquizofrênico, sugerindo uma participação ativa da matriz extracelular na modulação de diferentes processos no paciente esquizofrênico.
Resumo (EN)
Schizophrenia is a psychiatric disorder of multifactorial origin, which affects about 1% of the world population. Epidemiological studies indicate a lower incidence of cancer in schizophrenic patients. In addition to an important genetic component, environmental aspects are related to the onset of the condition, and maternal infection during pregnancy is one of the risk factors. In this study the tumor growth was evaluated in animals submitted or not to the murine model of schizophrenia, based on the permanent influence of prenatal infection on the offspring of mice, in a period with effects that simulate schizophrenia. The parameters evaluated were neoplastic volume, histopathology, tumor proliferative activity, vascularization, extracellular matrix and expression of COX-2 by infiltrating leukocytes. Progenies of swiss mice were used, totalizing 54 animals, males and females. The matrices were or were not inoculated on the ninth day of pregnancy with Poly-I: C. At 2 months of age, their progenies received subcutaneously suspension containing 5.0 x 106 Ehrlich tumor cells. After 30 days of inoculation the tumors were excised, measured and submitted to histological, histochemical and immunohistochemical evaluation. There was a statistically significant difference regarding the tumor volume, but no difference in the proliferative activity of the cells. Tumors were present in animals of the experimental group, on average, with a higher microvascular density, higher deposition of extracellular matrix and lower expression of COX-2. These findings corroborate the reports of restriction to tumor growth in schizophrenic patients, reinforcing the action of Poli-I: C on the ninth day of pregnancy as a model of this psychiatric disorder. Particularly changes in the amount and pattern of deposition of extracellular matrix elements may alter the mechanical interactions and potentially the 5 8 gene expression in this microenvironment, interfering with cell signaling and tumor evolution. Also, the inflammatory response shows signs of modulation, with a lower leukocyte expression of COX-2 in the tumor microenvironment of the experimental group, potentially interfering in tumor cell survival. Finally, the presence of alterations in the composition of the extracellular matrix in brain regions in the schizophrenic patient deserve mention, suggesting an active participation of the extracellular matrix in the modulation of different processes in the schizophrenic patient.
Tipo
Dissertação
Palavras-chave
Tumor de Ehrlich, Esquizofrenia, Microambiente tumoral, Matriz extracelular
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq
CLININFEC - Clínica e doenças infecciosas veterinárias
Instituição
UNIP
Direito de Acesso
Acesso Aberto