Microplástico em abelhas: Investigação em Apis Mellifera e espécies nativas do Brasil
Informações
Título
Microplástico em abelhas: Investigação em Apis Mellifera e espécies nativas do Brasil
Autor(es)
Karla Fernanda Sanches Rodrigues
Orientador(es)
Welber Senteio Smith
Data de Defesa
11/12/2023
Resumo
A contaminação por microplásticos (MPs) deixou de ser analisada somente quanto a seus efeitos sobre os organismos aquáticos, passando a ter grande relevância também quanto aos efeitos causados nos ecossistemas terrestres. Porém, pouco se sabe sobre os possíveis impactos dessa contaminação sobre os polinizadores, como as abelhas, visto que não se sabe o quanto elas estão susceptíveis a esses contaminantes. Como se contaminam? Como realizam o transporte dessas partículas até as colmeias ou demais áreas de forrageamento? Qual o destino dessas partículas dentro das colmeias? São algumas perguntas que merecem atenção da comunidade científica. A avaliação da contaminação por MPs em abelhas é essencial, por se tratar de um organismo que fornece serviço ecossistêmico indispensável à manutenção do planeta, através da polinização de espécies vegetais nativas e/ou de importância agrícola, caracterizando-se como um organismo de alta relevância social e econômica. Diante disso, o presente trabalho teve por objetivo, testar a hipótese de que as abelhas operárias podem carregar partículas microplásticas de sua área de forrageamento, podendo atuar como bioindicadores da poluição por MP em diferentes áreas: urbana, periurbana e rural. Além disso, foi testado a aplicabilidade do protocolo pré-existente para abelhas do gênero Apis, que consiste em digerir a matéria orgânica em H2O2, restando então somente as partículas de origem sintética, em espécies nativas brasileiras a fim de se identificar se este método é eficaz também em outras espécies, para que futuras avaliações possam ser desenvolvidas, utilizando espécies nativas brasileiras como bioindicadoras da contaminação por MP.
Resumo (EN)
Contamination by microplastics (PMs) is no longer analyzed only in terms of its effects on aquatic organisms but also has great relevance in terms of its effects on terrestrial ecosystems. However, little is known about the possible impacts of this contamination on pollinators, such as bees, since it is not known how susceptible they are to these contaminants. How do they get contaminated? How do they transport these particles to the hives or other foraging areas? What is the fate of these particles inside the hives? These are some questions that deserve the attention of the scientific community. The evaluation of PM contamination in bees is essential, as it is an organism that provides an indispensable ecosystem service to the maintenance of the planet, through the pollination of native plant species and/or of agricultural importance, characterizing itself as an organism of high social and economic relevance. Therefore, the present study aimed to test the hypothesis that worker bees can carry microplastic particles from their foraging area, and can act as bioindicators of PM pollution in different areas: urban, peri-urban, and rural. In addition, the applicability of the pre-existing protocol for bees of the genus Apis was tested, which consists of digesting organic matter in H2O2, leaving only particles of synthetic origin, in native Brazilian species to identify if this method is also effective in other species so that future evaluations can be developed. using native Brazilian species as bioindicators of PM contamination.
Tipo
Dissertação
Palavras-chave
Abelhas-sem-ferrão; Polinizadores; Contaminação; Bioamostragem; Aerotransportadores.
Publicado em
RODRIGUES, K. F. S.; SMITH, W. S. (Orientador). Microplástico em abelhas: Investigação em Apis Mellifera e espécies nativas do Brasil. 2023. Dissertação (Mestrado em Patologia Ambiental e Experimental) - Universidade Paulista, São Paulo, 2023.
Área de Concentração
Patologia Ambiental e Experimental
Linha de Pesquisa
Ecotoxicologia e Inovações Terapêuticas
Instituição
Universidade Paulista
Direito de Acesso
Acesso restrito