Influência do estro e da experiência sexual na vocalização ultrassônica e latência para a primeira a monta de ratos tratados com ivermectina
Anexos
Informações
Título
Influência do estro e da experiência sexual na vocalização ultrassônica e latência para a primeira a monta de ratos tratados com ivermectina
Autor(es)
Paula da Silva Rodrigues
Orientador(es)
Maria Martha Bernardi
Data de Defesa
20/12/2018
Resumo
A ivermectina (IVM) é um dos medicamentos antiparasitários mais utilizados no mundo. Investigações anteriores mostraram que a IVM reduz o comportamento sexual devido ao aumento da incoordenação motora. Assim, para verificar se além da incoordenação motora, a administração de ivermectina também prejudica a motivação sexual, foi avaliada a vocalização ultrassônica (USV) dos ratos e a latência para a primeira monta na tentativa de dissociar a motivação da função motora durante a interação sexual. Devido à influência da experiência sexual do macho e da receptividade da fêmea na avaliação, parâmetros como a resposta a monta em estro fisiológico e farmacológico e análise das USVs de machos inexperientes e experientes sexualmente foram analisadas. Os ratos foram divididos em três grupos: (I) machos inexperientes e (II) machos experientes sexualmente, ambos expostos a uma fêmea no estro fisiológico e (III) machos inexperientes expostos a fêmeas no estro farmacológico, sendo coletado neste último grupo os encéfalos para avaliação de tirosina hidroxilase estriatal, buscando avaliar se o comprometimento motor causado pela ivermectina é ocasionado por alterações dopaminérgicas. Nossos resultados mostraram que a latência para a primeira monta e as USVs de ratos experientes expostos à fêmea no estro fisiológico foram reduzidas quando comparadas com ratos inexperientes, diferença que pode ter acontecido devido à aquisição da aprendizagem. Quanto à administração de IVM em ratos experientes expostos a fêmeas no estro fisiológico, notou-se um aumento no número de USVs e a latência para a primeira monta, o que apoia a hipótese de que a IVM não prejudica a motivação sexual e o prejuízo causado no comportamento sexual se deve à incoordenação motora. Porém, em ratos inexperientes tratados com IVM expostos à fêmea no estro farmacológico, apenas a frequência da USV aumentou sem alterações na latência para a primeira monta, apesar da marcação de tirosina hidroxilase no estriado estar aumentada neste grupo. O comportamento de fêmeas em estro fisiológico ou farmacológico não foi diferente entre os grupos. Portanto, sugere-se que nos efeitos da IVM relacionados à motivação sexual é mais importante que a experiência dos ratos do que a própria ação da IVM.
Resumo (EN)
Ivermectin (IVM) is one of the most widely used antiparasitic medicines in the world. Previous research has shown that IVM reduced the sexual behavior of rats due to increased motor incoordination. Thus, to verify if in addition to motor incoordination the administration of ivermectin also impairs sexual motivation, the ultrassonic vocalization (USV) of the rats and the latency to the first mount was evaluated in an attempt to dissociate motivation from motor function during sexual interaction. Due to the influence of the male sexual experience and the receptivity of the female in the evaluation, we analyzed parameters such as the response to mount in physiological and pharmacological estrus and the analysis of USV’s of inexperienced and sexually experienced males. The rats were divided into three groups: (I) inexperienced males and (II) sexually experienced males, both exposed to a female in physiological estrus and (III) inexperienced males exposed to females in the pharmacological estrus, being collected in the latter group the brains for evaluation of striatal tyrosine hydroxylase, to assess whether motor impairment caused by ivermectin is caused by dopaminergic changes. Our results showed that the latency for first mount and the USV’s of experienced rats exposed to females in physiological estrus were reduced when compared to inexperienced rats, this difference may have occurred due to acquisition of learning. The administration of IVM in experienced males exposed to females in physiological estrus increased the number of USV’s and latency for first mount, which supports the hypothesis that IVM does not impair sexual motivation and the prejudice caused in sexual behavior is due to motor incoordination alone. However, in inexperienced rats treated with IVM exposed to the female in the pharmacological estrus, only the frequency of the USV´s increased without alteration in latency for first mount, although the tyrosine hydroxylase labeling in the striatum was increased in this group. The behavior of females in physiological or pharmacological estrus was not different between the groups. Therefore, it is suggested that regarding the effects of IVM related to sexual motivation, the experience of rats is more important than the action of IVM itself.
Tipo
Dissertação
Palavras-chave
Avermectinas, Motivação Sexual, Ultrassons
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq
Neuropsicofarmacologia Experimental e Ambiental
Instituição
UNIP
Direito de Acesso
Acesso Aberto