Extratos vegetais com atividade antiproliferativa sobre células de adenocarcinoma mamário da linhagem MCF-7

Resumo

O câncer de mama, em virtude de sua elevada incidência e patogenia, motiva a busca por agentes quimioterápicos mais seguros, uma vez que os tratamentos atuais produzem efeitos colaterais severos, além de resistência tumoral. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a atividade antiproliferativa de 315 extratos vegetais e analisar o potencial antiproliferativo de um total de 871 extratos vegetais, incluindo dados de 556 extratos previamente testados, todos obtidos de plantas amazônicas, em um modelo que utiliza células de adenocarcinoma mamário humano MCF-7. Os extratos foram avaliados quanto à atividade antiproliferativa em duas etapas: a primeira, feita com todos os extratos, consistiu na seleção daqueles com porcentagem de crescimento mais baixa, obtida pelo teste da viabilidade celular com o uso de sulforrodamina B e pelo uso da estatística descritiva, a partir da elaboração da tabela de distribuição de frequências usando a expressão de Struge. Na segunda etapa, empregou-se a porcentagem de crescimento obtida para a doxorrubicina, uma substância de referência no tratamento de tumores malignos, como valor de referência para a seleção final dos extratos mais promissores. Dos 871 extratos, foram selecionados 82 ativos (9,41%) na primeira etapa do trabalho, e destes, 22 (26,83% dos 82, ou 2,53% dos 871) com potencial significativo de atividade antiproliferativa. A metodologia proposta permitiu a seleção de 22 extratos potencialmente ativos quanto à atividade antiproliferativa, os quais serão testados quanto ao perfil químico e submetidos a testes de avaliação da capacidade antiproliferativa, utilizando-se células de tumor de mama de cadela e de gata, futuramente.