Estudo da Infecção Experimental pelo Cryptosporidium Parvum em Camundongos BALB-C Imunossuprimidos com Dexametasona ou Ciclofosfamida
Anexos
Informações
Título
Estudo da Infecção Experimental pelo Cryptosporidium Parvum em Camundongos BALB-C Imunossuprimidos com Dexametasona ou Ciclofosfamida
Autor(es)
Renata Alcantara do Nascimento
Orientador(es)
Maria Anete Lallo
Data de Defesa
26/10/2009
Resumo
O Cryptosporidium é um protozoário oportunista que se aproveita da baixa resposta imune dos hospedeiros para se instalar nos intestinos, vias biliares, estomâgo ou trato respiratório. O objetivo do presente trabalho foi estudar a infecção experimental pelo Cryptosporidium parvum em camundongos Balb-c imunossuprimidos farmacologicamente com dexametasona (Dx) ou com ciclofosfamida (Cy). Sessenta camundongos livres de patógenos específicos foram divididos em 6 grupos: Grupo 1 (n=15) - animais tratados com Dx ( 10 mg/kg/dia por via intraperitoneal - ip) e inoculados com Cryptosporidium parvum; Grupo 2 ( n=5 )- animais tratados com Dx ( 10mg/kg/dia, via ip ) e não inoculados com C. parvum; Grupo 3 ( n=15) - animais tratados com Cy ( 75mg/ kg, duas doses semanais, via ip ) e inoculados com C. parvum; Grupo 4 (n=5 ) - animais tratados com Cy e não inoculados com C. parvum;Grupo 5 ( n=15 )- animais não tratados com fármacos imunossupresores e inoculados com C. parvum , e Grupo 6 ( n=5 ) - animais não tratados com fármacos imunossupressores e não inoculados com C. parvum. Os camundongos dos grupos 1, 3 e 5 receberam 1 x 10³ oocistos de C. parvum. Semanalmente foi coletado um pellet de fezes de cada grupo, sendo estes submetidos à técnica de centrífugo-sedimentação com água-éter e , posteriormente, à técnica modificada de Kinyoun a frio. Os animais foram eutanasiados aos 14, 21, 28 e 35 dias pós inoculação e fragmentos de intestino delgado e baço foram colhidos, fixados em formol tamponado a 10% e incluídos em parafina. Cortes histológicos dos fragmentos foram corados pala técnica de H-E, PAS, Ziehl- Neelsen e Kinioun a frio. Os camundongos tratados com Dx ( grupo 1 ) ou Cy (grupo 3 ) e inoculados com C. parvum apresentaram somente pelame eriçado, a partir do 14º dia de inoculação. Nos camundongos dos demais grupos , nenhuma alteração clínica compatível com a infecção foi observada.Oocistos de C. parvum foram encontrados nas amostras fecais dos camundongos dos grupos 1 e 3 , a partir da 2ª semana pós- inoculação. Os oocistos mostravam-se como estruturas de forma esférica, coradas em vermelho brilhante e medindo de 4 a 6 µm de diâmetro. Nos animais dos demais grupos ( 2, 4, 5 e 6 ), não foram observados oocistos nas fezes. Na necrópsia, os animais dos grupos 1 e 3, aos 35 dias de infecção, apresentaram petéquias na parede do íleo. No exame histopatológico dos animais dos grupos 1 e 3, a partir da 2ª semana pós-inoculação, encontrou-se discreto infiltrado de células mononucleares na camada muscular e a presença de oocistos nas criptas das vilosidades do íleo. Diante dos resultados encontrados, pode-se concluir que os camundongos Balb-c imunossuprimidos com Dx ou com Cy foram susceptíveis à criptosporidiose experimental, servindo como modelos animais para esta protozoose.
Tipo
Dissertação
Palavras-chave
Infecção Experimental, Camundongos, Cryptosporidium Parvum, Modelo Animal
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq
Clininfec - Clínica e doenças infecciosas veterinárias
Instituição
UNIP
Direito de Acesso
Acesso Aberto