Efeitos da Administração do LPS no Período Pré-natal e na Prole de Ratas utilizando um Modelo de Asma Murino
Anexos
Informações
Título
Efeitos da Administração do LPS no Período Pré-natal e na Prole de Ratas utilizando um Modelo de Asma Murino
Autor(es)
Beatriz Petri Soares de Oliveira
Orientador(es)
Maria Martha Bernardi
Data de Defesa
27/06/2008
Resumo
Estudos epidemiológicos mostram que interferências na imunidade materna no período perinatal podem afetar a resposta imune dos seus descendentes. Assim, a exposição a endotoxinas e a substâncias alergênicas durante a gestação e nos primeiros estágios da vida de um neonato pode modular a resposta imune em períodos mais tardios da vida. O objetivo do presente trabalho foi investigar as consequências da administração do lipopolissacarídeo (LPS) no período pré-natal e na prole feminina de ratas utilizando um modelo de asma murino. Para tanto, ratas prenhes receberam no 9,5 dia da gestação 100μg/kg, via intraperitoneal (i.p.), de LPS ou solução salina pela mesma via. As proles femininas dessas ratas ovariectomizadas (procedimento realizado com o intuito de eliminar a variável hormonal do estudo), na idade adulta, foram sensibilizadas e desafiadas com ovoalbumina (OVA). Avaliou-se o número de células do lavado broncoalveolar (LBA), do sangue periférico e da medula óssea. Adicionalmente, o teste de anafilaxia cutânea (PCA) foi realizado. Os resultados mostraram que em comparação com o grupo controle tratado prenatalmente com solução salina, sensibilizado e desafiado com OVA (CONTROLE/OVA) na idade adulta, os animais tratados prenatalmente com LPS (grupo LPS/OVA) apresentaram:
1) redução significante do número total de células do LBA e da contagem diferencial destas células (macrófagos, neutrófilos, eosinófilos e linfócitos); 2) aumento significante do número total de leucócitos circulantes e da análise diferencial de células sanguíneas circulantes (células mononucleares e polimorfonucleares); 3) não foram observadas alterações na celularidade da medula óssea, e 4) não foram detectadas diferenças entre os grupos nos títulos de IgE no teste de anafilaxia cutânea passiva. Concluiu-se que a exposição pré-natal ao LPS no 9,5 dia da gestação reduz a resposta à asma experimental mediada por OVA na prole feminina de ratas ovariectomizadas por meio da diminuição da migração de células imunes do sangue periférico para o pulmão, sem interferência da atividade da medula óssea e da produção de anticorpos.
Resumo (EN)
Epidemiological evidence underlines the impact of prenatal enviromental factors on the development of posnatal allergies. Exposure to endotoxins, allergens or both, in early life might regulate the development to tolerance to allergens later in life. The present study investigated whether acute LPS prenatal alters subsequent offspring allergeninduced inflammatory response in adult age. For that, pregnant rats received LPS,100µg/kg, I.P. at gestation day 9.5 and the female ovariectomized offspring were sensitized and challenged with OVA (LPS/OVA) in adult age. The bronqueoalveolar lavage, peripheral blood and bone marrow cells were counted. Additionally, the passive cutaneous anaphylaxis was performed. Results showed that in comparison to Control/OVA group prenatal LPS exposure induced 1) a significant reduction in the BAL total number of cells and in its differential cells count (macrophages, neutrophils, eosinophils and lymphocytes); 2) an increase in the total number of leukocytes circulating and in differential analysis of blood circulating leukocytes, a significant increase in the number of mononuclear and polymorphonuclear cells; 3) no differences were observed in the bone marrow cellurity; 4) no differences in the lgE titers of both groups. We concluded that prenatal LPS exposure attenuated the experimental asthma induced by OVA challenge by a reduction on migration of immune cells from peripheral blood to lung without any interference with the bone marrow cells production.
Tipo
Dissertação
Palavras-chave
LPS, Pré-natal, Asma Murino
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq
Toxicologia do sistema nervoso central
Instituição
UNIP
Direito de Acesso
Acesso Aberto