Avaliação do uso de cetamina e acepromazina em diferentes protocolos para otimização da anestesia em ratos de experimentação
Anexos
Informações
Título
Avaliação do uso de cetamina e acepromazina em diferentes protocolos para otimização da anestesia em ratos de experimentação
Autor(es)
Renato Tessare Piccolo
Orientador(es)
Maria Martha Bernardi
Data de Defesa
25/06/2018
Resumo
A pesquisa científica não deve infringir o bem-estar dos animais em experimento. A busca de protocolos anestésicos mais eficazes e seguros visa dar mais qualidade de vida para ratos de laboratório, gerando pouco ou nenhum sofrimento dos animais durante a execução dos experimentos. Embora ainda não seja possível erradicar todos os tipos de experimento que utilizem animais, deve-se minimizar o sofrimento nas práticas biomédicas. O objetivo deste estudo foi comparar efeitos de três protocolos anestésicos em ratos, por meio do tempo de anestesia cirúrgica, propiciando o bem-estar quando submetidos aos experimentos. Cada grupo de oito ratos machos recebeu um protocolo diferente: (1) protocolo ACXT – acepromazina (2 mg/kg), cetamina (100 mg/kg), xilazina (2,5 mg/kg) e tramadol (10 mg/kg); (2) protocolo ACXMe – acepromazina (2 mg/kg), cetamina (100 mg/kg), xilazina (2,5 mg/kg) e metadona (0,5 mg/kg), e (3) protocolo ACMiMe – acepromazina (2 mg/kg), cetamina (100 mg/kg), midazolam (5 mg/kg) e metadona (5 mg/kg). Foram monitoradas a temperatura corporal, a pressão arterial, a capnografia, as frequências cardíaca, de pulso e respiratória, avaliando perdas e retornos dos reflexos, inclusive o reflexo de dor para garantir o bem-estar dos animais quando submetidos aos experimentos. Ratos anestesiados com o protocolo (1) ACXT permaneceram 46 minutos em plano anestésico cirúrgico, enquanto ratos anestesiados com o protocolo (2) ACXMe permaneceram 1 hora e 3 minutos em plano anestésico cirúrgico. Ratos anestesiados com o protocolo (3) ACMiMe tiveram taxa de mortalidade de 75% (6/8). Nos protocolos (1) ACXT e (2) ACXMe, todos atingiram plano anestésico cirúrgico, analgesia adequada e não ocorreu óbito (0/16). Os protocolos (1) ACXT e (2) ACXMe refinaram os protocolos anestésicos utilizados em ratos de laboratório, humanizando procedimentos e dando ênfase no bem-estar.
Resumo (EN)
Scientific research should not infringe the well-being of animals in experiment. The search for more effective and safe anesthetic protocols aims at giving a better quality of life for laboratory rats, generating little or no suffering of the animals during the execution of the experiments. Although it is not yet possible to eradicate all types of animal experimentation, we must minimize suffering in biomedical practice. The target of this study was to compare the effects of three anesthetic protocols on rats, by using surgical anesthesia, propitiating the well-being when submitted to experiments. Each group of eight male rats has received a different protocol: (1) ACXT protocol – acepromazina (2 mg/kg), ketamine (100 mg/kg), xylazine (2,5 mg/kg) and tramadol (10 mg/kg); (2) ACXMe protocol – acepromazina (2 mg/kg), ketamine (100 mg/kg), xylazine (2,5 mg/kg) and methadone (0,5 mg/kg); and (3) ACMiMe protocol – acepromazina (2 mg/kg), ketamine (100 mg/kg), midazolam (5 mg/kg) and methadone (0,5 mg/kg). Body temperature, blood pressure, capnography, heart, pulse and respiratory rates were evaluated, assessing losses and reflex returns, including pain reflex to guarantee well-being when submitted to the experiments. Rats anesthetized with protocol (1) ACXT remained 46 minutes in surgical anesthetic plane, while anesthetized rats with protocol (2) ACXMe remained 1 hour and 3 minutes in surgical anesthetic plane. Rats anesthetized with protocol (3) ACMiMe had a mortality rate of 75% (6/8). In protocol ACXT and ACXMe, all reached surgical anesthetic plane, adequate analgesia and no death (0/16). Protocols ACXT and ACXMe refined the anesthetic protocols used in laboratory rats, humanizing procedures and emphasizing well-being.
Tipo
Dissertação
Palavras-chave
Cetamina, Acepromazina, Tramadol, Xilazina, Metadona, Bem-estar
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq
Toxicologia do sistema nervoso central
Instituição
UNIP
Direito de Acesso
Acesso Aberto