Com o avanço das tecnologias digitais e seu uso compartilhado por diversas áreas do conhecimento, estamos vivendo uma era de reinvenção digital dos procedimentos em Odontologia, na qual os conhecimentos mecânicos e biológicos já pesquisados e comprovados até hoje são modernizados, adaptados e atualizados para o sistema digital. O objetivo desse estudo foi avaliar as propriedades mecânicas e a fractografia de uma resina de impressão 3D para coroas temporárias (PriZma®, MakertechLabs, Brasil) em função da condição de armazenamento (temperatura ambiente, freezer - 4°C e estufa - 37°C) após a calibração do tempo de exposição de camada para três espessuras: 25 µm, 50 µm and 100 µm. O desempenho da resina foi avaliado por resistência à flexão e módulo de elasticidade para cada espessura de camada e seu tempo de exposição mais confiáveis mediante o processo de calibração. As superfícies de fratura foram avaliadas por meio de microscopia eletrônica de varredura (MEV). Com esse estudo, foi possível identificar os parâmetros com melhor desempenho em relação ao tempo de espessura de camada e a espessura de impressão de camada a serem implementadas na rotina de impressões de coroas provisórias. Os resultados revelaram que não houve diferenca estatistica entre os grupos com amostras armazenadas em temperatura ambiente e o grupo freezer, mas entre esses dois grupos e o grupo estufa para a resistencia a flexão. Nenhuma diferenca estatistica foi encontrada para o modulo de elasticidade. O tempo de espessura de camada de 10 s associado à espessura de 25 µm provou-se ser suficiente para melhorar ou preservar as propriedades mecânicas desses materiais quando lavados por 10 min e polimerizados por 20 min e posteriormente armazenados em estufa a 37 °C.
