Influência da depressão na hipersensibilidade dentinária (em ratos)
Anexos
Informações
Título
Influência da depressão na hipersensibilidade dentinária (em ratos)
Autor(es)
Fabiane Braga Martins Barbosa
Orientador(es)
Cintia Helena Coury Saraceni
Data de Defesa
27/07/2015
Resumo (EN)
The purpose of this study was to evaluate in rats the effect of the unpredictable chronic mild stress (UCMS) paradigm, a procedure employed to as a classical model of depression, in rats submitted to dentin hypersensitivity (DH) by dental erosion. Thirty-five adult male rats (protocol nº 227/14, CEP/ICS/UNIP) were divided into four groups. Two groups received water and were submitted or not to UMCS (C+D; C+ND). The other two groups received the isotonic solution during 4 weeks (HD) and were submitted or not to UCMS procedure (DH+D; DH+ND). The body weight (BW) was taken weekly. After the end of treatments, the hypersensitivity test, the sucrose preference test and the swimming behavior were performed. After euthanasia, the blood was collected to evaluation of plasmatic TNF-alfa and corticosterone level, the jaws were removed to evaluate dental erosion pattern. After statistical analysis for each experimental test, it was observed that UCMS procedure potentiate the DH. DH+D group showed a higher degree of pain comparing to all groups (p <0.001). DH+ND showed a higher degree of pain that C+ND and C+D (p <0.01). The plasmatic levels of TNF-alfa increased only in the DH+ND group. Conclusion: Based on the results, it can be concluded that the behavior-like depression increased the response to pain and the levels of plasma corticosterone in rats with dentin hypersensitivity.
Resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar a interferência da depressão na percepção da dor decorrente de hipersensibilidade dentinária (HD) em ratos. Foram utilizados 35 ratos machos Wistar, com peso entre 320- 350g. PARTE 1: Estabelecimento do modelo animal de depressão por exposição crônica de ratos a estímulos estressores moderados e imprevisíveis. Nesta etapa, 17 animais foram divididos em dois grupos. Inicialmente, os ratos receberam, simultaneamente, dois bebedouros, um contendo água e outro, água + sacarose a 2%. O consumo dos dois líquidos foi avaliado a cada dois dias, durante seis dias, para estabelecimento da linha de base. Foram, então, divididos em dois grupos: um controle, sem depressão (C+ND, n=7) e outro, controle com depressão (C+D, n=10). Os animais do grupo controle permaneceram em sua gaiola-moradia recebendo água e ração ad libitum e expostos a um mínimo de situações estressantes, enquanto o grupo experimental foi submetido a um protocolo de estresse crônico moderado e imprevisível (UCMS), por quatro semanas. O peso corporal dos dois grupos foi tomado semanalmente durante todo o procedimento experimental. A seguir, o teste de preferência a sacarose foi repetido e o consumo de água + sacarose foi avaliado por duas horas. Foram realizados testes de hipersensibilidade dentinária (HD) e resposta à manipulação (RM). Os animais de cada grupo foram submetidos à eutanásia, tendo suas mandíbulas retiradas para análise em microscopia eletrônica de varredura (MEV) e seu sangue coletado para dosagem dos níveis de corticosterona. PARTE 2: Avaliação da interferência da depressão na percepção da dor dentinária decorrente de hipersensibilidade dentinária (HD). Os outros 18 ratos foram divididos em dois grupos. Ambos os grupos, após o condicionamento com solução de sacarose, foram submetidos à indução de HD por meio da administração de solução isotônica com pH 2,3, por 30 dias. Um dos grupos não foi induzido à depressão (grupo - HD+ND, n=8) e o outro foi submetido ao UCMS por quatro semanas (grupo – HD+D, n=10). Os animais foram pesados semanalmente; foi realizado o Teste de Preferência à Sacarose (TPS), seguido de Teste de Porsolt e teste de HD. Após a eutanásia, as mandíbulas foram retiradas para análise em microscopia eletrônica de varredura (MEV) e o sangue foi coletado para avaliação dos níveis de corticosterona e TNF-alfa. Os resultados obtidos indicaram que os animais do grupo C+ND não responderam ao teste de HD. Os animais do grupo C+D tiveram baixíssima resposta ao teste de HD e apresentaram perda de peso. Os animais do grupo (HD+D) apresentaram menor tempo de latência e maior tempo de flutuação no teste de Natação Forçada (teste de Porsolt), confirmando o estado depressivo. Os escores de HD e os níveis plasmáticos de corticosterona no grupo HD+D foram mais elevados em relação ao grupo C+D. Os níveis plasmáticos de TNF-alfa aumentaram apenas no grupo HD+ND. A análise da mandíbula confirma o padrão de erosão dental nos grupos HD. Com base nos dados apresentados, podemos afirmar que o comportamento depressivo potencializou a resposta à dor e os níveis de corticosterona plasmáticos nos ratos induzidos à hipersensibilidade dentinária.
Tipo
Dissertação
Palavras-chave
Hipersensibilidade Dentinária, Depressão, Modelo Animal
Instituição
UNIP
Direito de Acesso
Acesso Aberto