Impacto da macro-geometria na estabilidade primária dos implantes dentais: estudo clínico, prospectivo, controlado, randomizado e de boca dividida

Resumo

O presente estudo clínico, randomizado, duplo cego e de boca dividida teve como objetivo avaliar os níveis de estabilidade dos implantes dentais com macrogeometria modificada, no momento da colocação destes e após 45 e 90 dias, por meio de análise de frequência de ressonância, em comparação com os implantes convencionais. Para tanto, foram selecionados 18 pacientes com ausência de dentes posteriores na maxila e mandíbula bilaterais, os quais foram aleatoriamente designados a receber: Grupo teste: implantes com macrogeometria modificada; Grupo controle: implantes com macrogeometria convencional. Após a instalação dos implantes, foram mensuradas as medidas de estabilidade primária através do método de frequência de ressonância no ato da cirurgia e após 45 e 90 dias. Além disso, o torque de inserção foi mensurado no ato de instalação dos implantes para posterior análise. Os resultados mostraram que os implantes com macrogeometria modificada mantiveram seu índice de estabilidade primária ao longo do tempo (p>0,05), sem diferença significativa em comparação aos implantes convencionais, em nenhum dos períodos avaliados (p>0,05), mesmo apresentando um torque de inserção menor em comparação ao grupo controle (p<0,05). Dentro dos limites deste estudo, pode-se concluir que não houve diferença na estabilidade dos implantes com macrogeometria modificada se comparados àqueles com macrogeometria convencional. Estudos adicionais devem ser realizados para validação desses resultados.

O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.