Força de mordida em overdentures com 2 e 4 orings: estudo clínico comparativo
Documento
Informações
Título
Força de mordida em overdentures com 2 e 4 orings: estudo clínico comparativo
Título (EN)
Bite force in overdentures with two and four o-rings: comparative clinical study
Autor(es)
Rafael Garcia Martins
Orientador(es)
Prof. Dr. Alfredo Mikail Melo Mesquita
Data de Defesa
23/06/2025
Resumo (EN)
Mandibular implant-retained overdentures have proven to be an effective alternative to conventional complete dentures, providing improved retention, stability, and masticatory function. However, the influence of the number of o-rings used in this type of rehabilitation on patients’ bite force remains a subject of debate.
The aim of this comparative clinical study was to evaluate the bite force in edentulous individuals rehabilitated with maxillary complete dentures and mandibular overdentures retained by different attachment configurations: two and four o-rings. Ten fully edentulous patients received four implants placed in the intraforaminal region of the mandible. After a six-month period of prosthesis use, bite force was measured bilaterally using a digital gnathodynamometer for both retention configurations.
The results showed mean bite forces of 127.4 N with two o-rings and 123.7 N with four o-rings, with no statistically significant difference between groups (p = 0.84). Considerable individual variability was observed, with male patients exhibiting significantly higher forces in both protocols. Age did not show a direct correlation with bite force values.
These findings suggest that increasing the number of o-rings does not necessarily result in higher bite force, indicating that other factors such as prosthetic stability, patient comfort, and ease of maintenance should be considered in clinical decision-making. It is concluded that mandibular overdentures retained by two o-rings can provide satisfactory functional performance, particularly when combined with proper prosthesis adaptation and occlusal balance.
Resumo
A reabilitação por meio de overdentures mandibulares implantorretidas tem se mostrado uma alternativa eficaz às próteses convencionais, proporcionando melhor retenção, estabilidade e função mastigatória. No entanto, ainda há controvérsias sobre a influência do número de o-rings utilizados nesse tipo de reabilitação sobre a força de mordida dos pacientes.
O objetivo deste estudo clínico comparativo foi avaliar a força de mordida em indivíduos reabilitados com prótese total superior e overdenture mandibular com diferentes configurações de retenção: dois e quatro o-rings. Foram selecionados dez pacientes totalmente edêntulos, que receberam quatro implantes instalados na região intraforaminal da mandíbula. Após um período de seis meses de utilização das próteses, a força de mordida foi medida com gnatodinamômetro digital, em ambos os lados da arcada, nas duas configurações testadas.
Os resultados demonstraram médias de força de mordida de 127,4 N com dois o-rings e 123,7 N com quatro o-rings, sem diferença estatisticamente significativa entre os grupos (p = 0,84). Observou-se grande variabilidade individual, com os pacientes do sexo masculino apresentando forças significativamente maiores em ambos os protocolos. A idade não demonstrou correlação direta com os valores obtidos.
Esses achados indicam que o aumento no número de o-rings não resulta, necessariamente, em maior força de mordida, sugerindo que outros fatores, como estabilidade protética, conforto do paciente e facilidade de manutenção, devem ser considerados na decisão clínica. Conclui-se que overdentures mandibulares retidas por dois o-rings podem oferecer desempenho funcional satisfatório, especialmente quando associadas a uma adequada adaptação protética e equilíbrio oclusal.
Tipo
Tese
Palavras-chave
prótese total convencional; prótese sobre implante; overdenture; força mastigatória.
Área de Concentração
Clínica Odontológica
Linha de Pesquisa
Prevenção, terapêutica e materiais relacionados às condições do sistema estomatognático
Instituição
Universidade Paulista
Financiamento
Capes
Direito de Acesso
Acesso Aberto