Estudo comparativo do uso do bicarbonato de sódio e da nistatina (Micostatin®) como conduta terapêutica no tratamento da candidíase oral em pacientes com AIDS portadores de prótese bucal removível
Anexos
Informações
Título
Estudo comparativo do uso do bicarbonato de sódio e da nistatina (Micostatin®) como conduta terapêutica no tratamento da candidíase oral em pacientes com AIDS portadores de prótese bucal removível
Autor(es)
Edson Rodrigues de Paula Neto
Orientador(es)
Elcio Magdalena Giovani
Data de Defesa
28/02/2013
Resumo
A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) tem como agente etiológico o vírus HIV, que desenvolveu diversas estratégias, pelas quais não apenas escapa mas também subverte os mecanismos protetores da resposta imune adaptativa, destruindo as células T que ativam os macrófagos, levando a infecções causadas por bactérias intracelulares e outros patógenos normalmente controlados por essas células T. A candidíase oral é a manifestação oportunista intraoral mais comum da infecção pelo HIV e muitas vezes é o sinal de apresentação que leva ao diagnóstico inicial. As respostas aos tratamentos das candidíases orais são muito mais difíceis nos pacientes com AIDS. Existe atualmente resistência às drogas disponíveis no mercado, provocando altas taxas de recidiva, justificadas pelo tratamento prolongado com os azóis, e certas espécies de Candida são intrinsecamente resistentes ao grupo dos azóis ou podem desenvolver resistência rapidamente. Uma mudança epidemiológica das espécies de Candida pode causar impacto na utilização dos medicamentos atualmente adotados como tratamento empírico para candidíase em pacientes com HIV/AIDS. Considerando-se que a candidíase pode provocar uma piora no estado de saúde geral do paciente HIV e a medicação convencional pode não ser eficaz, podendo provocar resistência do fungo, ou ocasionar reações adversas severas, utilizamos a terapêutica com água bicarbonatada como conduta de tratamento nesses pacientes. Este estudo comparativo foi constituído por 16 indivíduos em AIDS, divididos em dois grupos : Grupo I com 8 pacientes tratados com antifúngico nistatina (Micostatin®) e Grupo II com 8 pacientes tratados com água bicarbonatada atendidos no CEAPE - UNIP ( Centro de Estudos e Atendimento a Pacientes Especiais). Em relação ao Grupo I (nistatina - Micostatin®), notou-se que no estágio pré-tratamento, a maioria dos pacientes (75,0%) encontrava-se na categoria leve, e, na categoria moderada, obteve-se 25,0% dos pacientes. No estágio pós-tratamento, a categoria moderada obteve 0,0% dos pacientes e a categoria ausente agregou todos os pacientes (100,0%). Para o Grupo II (bicarbonato de sódio), na terapia com água bicarbonatada, notou-se que, no estágio pré-tratamento, todos os pacientes (100,0%) encontravam-se na categoria leve. No estágio pós-tratamento, a categoria moderada obteve 0,0% dos pacientes e a categoria ausente agregou a maioria dos pacientes (75,0%). Notou-se também que a maioria dos pacientes passou da categoria leve no estágio pré-tratamento para a categoria ausente após o tratamento e que 25,0% dos pacientes permaneceram na categoria leve no estágio pós-tratamento. Não houve diferença estatísticamente entre os grupos e nossos resultados evidenciaram que a conduta terapêutica com água bicarbonatada é uma modalidade efetiva e recomendada de tratamento para a candidíase oral leve e moderada em pacientes em AIDS, sendo de fácil aplicação, evitando interações medicamentosas, baixo custo e sabor menos desagradável quando comparada ao uso da nistatina.
Tipo
Dissertação
Palavras-chave
HIV, HIV/AIDS, Nistatina, Bicarbonato de Sódio, Candidíase Oral, Estudo Clínico Randomizado
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq
Estudos aplicados a pacientes portadores de necessidades especiais
Instituição
UNIP
Direito de Acesso
Acesso Aberto