Efeito do controle glicêmico de diabéticos tipo II no reparo ósseo peri-implantar
Anexos
Informações
Título
Efeito do controle glicêmico de diabéticos tipo II no reparo ósseo peri-implantar
Autor(es)
Bruna Ghiraldini
Orientador(es)
Fernanda Vieira Ribeiro
Data de Defesa
20/01/2015
Resumo (EN)
Diabetes mellitus is considered an important factor that can negatively affect the peri-implant bone repair. However, the effect of glycemic control on bone healing around implants in diabetic patients is unclear. The aim of chapter 01 was evaluate the influence of type 2 diabetes on the gene expression of bone-related factors, according to the glycaemic status, while the aim of chapter 02 was evaluate the influence of glycaemic control of type 2 diabetics on implant stabilization and on the levels of bone markers in peri-implant fluid during the healing. Chapter 01: Were selected 54 patients indicated for placement of dental implants: 19 systemically healthy (SH) patients and 35 patients with type 2 diabetes mellitus (T2DM) [17 better-controlled type 2 diabetics (glycated hemoglobin A1c (HbA1c) levels 8%)]. During the placement of dental implants, bone biopsies of sites that received the implants with the help of a bone collector was obtained. The gene expression of TNF-α, TGF-β, RANKL, OPG, Runx2, ALP, BSP, OCN and COL-I were evaluated by quantitative PCR. T2DM up-regulates the RANKL levels and the ratio of RANKL/OPG, whereas it down-regulates the COL-I and BSP expression (p0.05). No difference in ISQ was observed among groups over time (p>0.05). Based on the results obtained in these studies, it can be concluded that the gene expression and levels in peri-implant fluid of some bone markers are negatively modulated by poor glycemic control, although it was not observed damage on the implants stability of long-term.
Resumo
O diabetes mellitus é considerado um fator importante que pode interferir negativamente no reparo ósseo peri-implantar. Porém, o efeito do controle glicêmico no reparo ósseo ao redor de implantes em pacientes diabéticos não está esclarecido. O objetivo do capítulo 01 foi determinar o padrão de expressão gênica de marcadores do tecido ósseo, de acordo com o status glicêmico de pacientes diabéticos tipo II, enquanto o objetivo do capítulo 02 foi avaliar a influência do controle glicêmico de diabéticos tipo II na estabilidade de implantes dentais, além de avaliar os níveis de moléculas de osteogênese/clasia no fluido peri-implantar durante o processo de reparo ósseo.Capítulo 01: Foram selecionados 54 pacientes com indicação para colocação de implantes dentais: Não diabéticos (n=19), Diabéticos tipo II melhor controlados - taxa de HbA1c ≤ 8% (n=17) e Diabéticos tipo II pior controlados - taxa de HbA1c > 8% (n=18). Durante a colocação dos implantes dentais, foram obtidas biópsias de tecido ósseo dos sítios que receberam os implantes com o auxílio de um coletor ósseo. A expressão gênica de TNF-α, TGF-β, RANKL, OPG, Runx2, ALP, BSP, COL-I e OCN foi avaliada por meio de PCR quantitativo. Maiores níveis de mRNA na proporção de RANKL / OPG foram observados nos diabéticos mal controlados em comparação com os diabéticos melhor controlados e os pacientes não diabéticos (p <0,05). COL-I e BSP foram detectados em quantidade significativamente menor nos diabéticos pior controlados em comparação com os pacientes não diabéticos (p<0,05). Capítulo 02: Foram selecionados 51 pacientes com indicação para colocação de implantes dentais: Não diabéticos (n=19), Diabéticos tipo II melhor controlados - taxa de HbA1c ≤ 8% (n=16) e Diabéticos tipo II pior controlados - taxa de HbA1c > 8% (n=16). Após a colocação dos implantes em estágio único, a estabilidade destes foi mensurada por meio de análise de frequência de ressonância nos períodos baseline: 3, 6 e 12 meses. Além disso, os níveis de TGF-β, FGF, OPN, OCN e OPG no fluido peri-implantar foram quantificados após 15 dias, 3, 6 e 12 meses da instalação dos implantes, por meio de avaliação imunoenzimática. Níveis de OPG e OPN nos pacientes não diabéticos foram mais elevados após 12 meses do que em 15 dias (p <0,05), enquanto que OC e TGF-β foram menores em diabéticos pior controlados após 12 meses, quando comparados aos 15 dias e 3 meses de acompanhamento, respectivamente (p <0,05). As análises intergrupo mostraram níveis mais baixos de OPN aos 12 meses nos pacientes diabéticos pior controlados, em comparação com os não diabéticos (p <0,05). ISQ foi maior aos 12 meses, quando comparado ao baseline e aos 3 meses em não diabéticos (p <0,05); no entanto, não foram observadas diferenças durante o acompanhamento em diabéticos, independentemente do controle glicêmico (p> 0,05). Nenhuma diferença foi observada no ISQ entre os grupos, ao longo do tempo (p> 0,05).
Com base nos resultados obtidos nesses estudos, pode-se concluir que a expressão gênica e os níveis no fluido peri-implantar de alguns marcadores ósseos são modulados negativamente pelo mal controle glicêmico, embora não tenha sido observado prejuízo na estabilidade dos implantes em longo prazo.
Tipo
Dissertação
Palavras-chave
Diabetes tipo II, Implantes Dentais, Marcadores Ósseos, Expressão Gênica
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq
Esquemas terapêuticos e curativos propostos e preconizados no tratamento das doenças bucais
Instituição
UNIP
Direito de Acesso
Acesso Aberto