Isolamento e identificação de bactérias presentes em estojos de lentes de contato
Documento
Informações
Título
Isolamento e identificação de bactérias presentes em estojos de lentes de contato
Title
Isolation and indentification of bacteria presents of contact lens cases
Autor(es)
Anelise Gutierrez Martins | Jaqueline Cardena Fernandes Marques | Ana Paula Janeli
Edição
JULHO/SETEMBRO DE 2019
Tipo de Artigo
ORIGINAL ARTICLES / ARTIGOS ORIGINAIS
Palavras-chave
Bactérias; Estudo microbiológico; Microorganismos
Resumo (EN)
Objective – This research aimed to carry out a microbiological study in contact lens cases, as well as to correlate with users' hygiene habits. Methods – After approval by the ethics committee, 50 contact lens cases were provided by volunteer academics, who also answered a questionnaire containing personal data, as well as how to manipulate the lens. Samples were collected from the inner surface of the kit, isolated in culture media and identified by specific biochemical tests. Results – Of the 50 kits, 49 (98%) showed growth of microorganisms such as Staphylococcus sp (27), Staphylococcus aureus (9), Serratia liquefaciens (4), Citrobacter freundii (2), Escherichiacoli (1) and Hafnia alvei (1), and in one kit both Staphylococcus aureus and Serratia liquefaciens bacteria were identified. The most used lenses (96% of users) were of the disposable soft types, followed by the rigid type (4%). Therapeutic use was present in 76% of users, while aesthetic use in 24%. The wearing time of the same lenses was from 30 days to four years. When asked about sanitation, 34% said they washed their hands whenever they manipulated the lenses, 10% stored the cases indoors, while the other 84% stored in bathroom cabinets or exposed on the sinks. Regarding discomfort in use, 32% reported itching, burning or redness. Conclusions – The lack of care in the hygiene and storage of the cases were extremely important for its microbiological contamination, answering the hypothesis raised at the beginning of the study.
Resumo
Objetivo – Esta pesquisa teve o intuito de realizar um estudo microbiológico em estojos de lentes de contato, bem como correlacionar com os hábitos de higiene dos usuários. Métodos – Após aprovação do comitê de ética, 50 estojos de lente de contato foram cedidos por acadêmicos voluntários, os quais também responderam a um questionário contendo dados pessoais, assim como sobre a forma de manipulação das lentes. As amostras foram coletadas da superfície interna do estojo, isoladas em meios de cultura e identificadas através de provas bioquímicas específicas. Resultados – Dos 50 estojos, 49 (98%) apresentaram crescimento de microrganismos, tais como Staphylococcus sp (27), Staphylococcus aureus (9), Serratia liquefaciens (4), Citrobacter freundii (2), Escherichia coli (1) e Hafnia alvei (1), sendo que em um estojo foi identificado ambas as bactérias Staphylococcus aureuse Serratia liquefaciens. As lentes mais utilizadas (96% dos usuários) foram dos tipos gelatinosas descartáveis, seguida do tipo rígida (4%). O uso terapêutico esteve presente em 76% dos usuários, já o uso estético em 24%. O tempo de uso das mesmas lentes foi de 30 dias até quatro anos. Quando questionados sobre higienização, 34% afirmaram lavar as mãos sempre que manipulavam as lentes, 10% armazenavam os estojos em locais fechados, enquanto os outros 84% armazenavam em gabinetes de banheiros ou expostos sobre as pias. Em relação a incômodos na utilização, 32% relataram prurido, ardência ou vermelhidão. Conclusão – A falta de cuidado na higienização e no armazenamento dos estojos foram de extrema importância para sua contaminação microbiológica, respondendo a hipótese levantada no início do estudo.
Instituição
UNIP
Direito de Acesso
Acesso Aberto