Avaliação da capacidade funcional e nível de atividade física segundo os fatores de risco em idosos do município de Araraquara-SP

Resumo

Avaliar a capacidade funcional, o nível de atividade física e a presença de fatores de risco para doenças cardiovasculares em idosos. Métodos – Para avaliação da capacidade funcional foram utilizadas as escalas de Katz e Lawton & Brody, adaptadas à população brasileira. O nível de atividade física foi avaliado por meio da utilização de pedômetro. Para avaliação da presença de fatores de risco, foram realizadas medidas antropométricas de estatura, peso corporal, índice de massa corporal (IMC) e circunferência abdominal. Adicionalmente, foi aferida a pressão arterial e realizado exames bioquímicos para determinação do colesterol total, triglicérides e glicemia de jejum. Resultados – Os idosos avaliados foram classificados como pouco ativos em função do volume de passos/dia. Os valores médios do IMC e circunferência abdominal, ficaram acima dos preconizados para esta população. Os resultados dos exames bioquímicos apresentaram normalidade em relação aos valores de referência. No que diz respeito à capacidade funcional, mulheres relataram maior dependência nas escalas utilizadas. Conclusão – O processo de envelhecimento pode induzir uma redução do nível de atividade física e capacidade funcional que pode favorecer o aparecimento de comorbidades na população idosa. No presente estudo, o volume de passos/dia não se correlacionou com a presença de fatores de risco e dependências, sugerindo que o baixo nível de atividade física não foi o único fator determinante de comorbidades nos idosos. Adicionalmente, a presença de incapacidades e dependências acometeu uma porcentagem maior de mulheres idosas, apontando efeitos deletérios de maior magnitude do processo de envelhecimento sobre a capacidade funcional deste grupo.