Atendimento de pacientes sob terapia farmacológica com novos anticoagulantes orais: revisão sistemática de literatura

Resumo

O objetivo deste trabalho é avaliar a necessidade da suspensão ou não dos anticoagulantes orais diretos (DOACs) em procedimentos cirúrgicos, levando-se em consideração as condições sistêmicas do paciente, o risco de sangramento e a complexidade dos procedimentos. Foi realizada uma busca nas principais bases de dados da literatura, com palavras chaves em inglês, português e espanhol, de artigos que discutissem os cuidados necessários com pacientes que fazem uso dos novos anticoagulantes e irão se submeter a procedimentos cirúrgicos odontológicos. Os resultados encontrados mostraram que todos os autores são uníssonos em afirmarem que durante o planejamento, deve-se levar em consideração o risco de tromboembolismo, a complexidade do procedimento e a duração. Outro ponto que deve ser observado, é a condição da função renal do paciente, para assim determinar o tempo necessário de suspensão da medicação e não haver resquícios de efeito anticoagulante no momento cirúrgico. Procedimentos simples não necessitam de suspensão da medicação, pois o uso de medidas hemostáticas locais já é suficiente para conter o sangramento, mas ainda assim é necessário o acompanhamento do profissional nos dias seguintes. Cirurgias odontológicas mais complexas, indicam a necessidade da suspensão dos fármacos anticoagulantes, seguindo os protocolos de acordo com a condição clínica do paciente. Conclui-se que a decisão da suspensão ou não dos novos anticoagulantes vai depender do tipo de procedimento, da complexidade, da duração, da condição sistêmica do paciente e do risco de sangramento.