Os corantes possuem alta solubilidade em água e resistência a degradação microbiana, dificultando sua decomposição, portanto, prejudiciais ao ambiente se despejados sem tratamento. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a capacidade de descoloração por degradação e adsorção dos corantes têxteis laranja (Nylosan Laranja S-3R sgr) e azul (Lanaset Blue 2RA) pelos fungos Aspergillus niger CCIBt 1931 e Pleurotus ostreatus CCIBt 2352. Para cada bioensaio, foram realizados repiques das linhagens em meios adequados para seu crescimento. Para avaliar a degradação, após obtenção da biomassa, estas foram introduzidas em meio contendo a concentração de 0,2 g/L de cada corante e incubadas a 25ºC por 15 dias, sob agitação. Na adsorção, a biomassa foi autoclavada e submetidas as mesmas condições. Após esse período foi avaliada a descoloração do meio líquido por espectrofotometria. A toxicidade foi avaliada em sementes de Cucumis sativus após 76 horas de semeadura em contato com meio pós-tratamento. A. niger foi capaz de degradar o corante azul e laranja em 62,64% e 95,39%, respectivamente, e P. ostreatus 97,70% e 99,99%, respectivamente. Os tratamentos diminuíram a toxicidade em relação aos controles. Já nos tratamentos com as biomassas autoclavadas, a adsorção dos corantes azul e laranja foram 88,08% e 73,96% para A. niger, e 15,46% e 1,91% para P. ostreatus respectivamente. Contudo, a solução tratada por A. niger se tornou tóxica igualando-se ao controle negativo. Já para P. ostreatus não ocorreu alteração na toxicidade. Desta forma, a utilização dos fungos vivos apresenta melhores resultados quanto a descoloração e toxicidade, destacando-se P. ostreatus.