A ação das grandes organizações criminosas é responsável pelo maior cometimento de condutas atípicas numa sociedade. No entanto, um fator nunca levado em consideração, é como tais facções se comportam para recrutarem seus membros. Ou seja, se aproveitam da vulnerabilidade social de jovens residentes em comunidades carentes, pois, por não terem boas oportunidades de vida, variando desde a precariedade da educação até a estrutura familiar debilitada, esses indivíduos ingressam nas atividades dessas organizações com a expectativa de obter melhores condições de vida, através de ganhos altos, rápidos e fáceis. Na realidade, esse pensamento acaba sendo construído desde a infância desses jovens, o que apresenta ser um problema social muito grave, demonstrando que a desigualdade social favorece o aumento da criminalidade. Em vista disso, o objetivo principal da presente pesquisa é demonstrar como a marginalidade, desigualdade social e altos índices de criminalidade guardam relação entre si, através da análise de dados estatísticos do Brasil e de outros países subdesenvolvidos. Quanto à metodologia utilizada, foi a teórica e descritiva, com base na coleta de dados no Google Scholar e leitura assídua de artigos e monografias condizentes ao tema proposto. Conclui-se que, enquanto não houver uma política pública capaz de mudar a construção de pensamento enraizado nesses jovens, de nada adianta o Estado tomar medidas remediativas, como a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, haja vista que a raiz do problema se demonstra muito mais profunda.