Atuação do enfermeiro na prevenção de casos de violência obstétrica

Resumo

Introdução: O parto passou de um processo familiar e centrado na mulher para uma prática institucionalizada com diversas intervenções, muitas vezes desnecessárias. Esse cenário contribui para a violência obstétrica, que envolve abuso moral, físico e psicológico, afetando a saúde da mãe e do bebê. A enfermagem tem papel crucial na prevenção desse tipo de violência, promovendo práticas humanizadas e respeitando a autonomia das mulheres.
Objetivos: Descrever as estratégias adotadas pelos enfermeiros para a prevenção da violência obstétrica e identificar qual a percepção dos enfermeiros acerca da violência obstétrica. Materiais e Métodos: Revisão Integrativa de Literatura, utilizando as bases de dados Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde e Google Acadêmico com os seguintes descritores: Papel do Enfermeiro, Violência Obstétrica, Cuidados de Enfermagem, Parto Humanizado e Enfermagem Obstétrica. Critérios de inclusão: artigos em língua portuguesa e língua inglesa, publicados a partir de 2018 até o ano de 2024, extraídos de bases de dados gratuitas e trabalhos com o texto completo disponível. Critérios de exclusão: artigos nas demais línguas, publicados antes de 2018, artigos em bases de dados pagas e trabalhos disponibilizados parcialmente. Resultados: Os artigos foram classificados pelo ano de publicação, graduação dos autores e periódicos. Discussão: A atuação dos enfermeiros na prevenção da violência obstétrica envolve a realização de um pré-natal de qualidade, dentificando vulnerabilidades da gestante, e promovendo um ambiente acolhedor e seguro. Os enfermeiros também aplicam métodos não farmacológicos para alívio da dor, como massagens e banhos, e podem evitar que sejam feitos procedimentos invasivos desnecessários. Conclusão: O estudo destaca que o enfermeiro é fundamental na prevenção da violência obstétrica, devendo ter conhecimento sobre o tema e saber intervir adequadamente. A educação em saúde é crucial para informar as gestantes sobre o parto e seus direitos, e a inclusão desse tema na formação de enfermeiros é essencial para melhorar a assistência. A escassez de pesquisa sobre a atuação do enfermeiro nesse contexto ressalta a importância da discussão.