Os Rótulos de Cachaça como Estratégia Comunicacional: A Constituição de Estereótipos de Grupos Subalternizados na Cultura Brasileira
Documento
Informações
Título
Os Rótulos de Cachaça como Estratégia Comunicacional: A Constituição de Estereótipos de Grupos Subalternizados na Cultura Brasileira
Autor(es)
José Luiz de Paula Junior
Orientador(es)
Mauricio Ribeiro da Silva
Data de Defesa
27/06/2022
Resumo
Este estudo tem como objetivo compreender os mecanismos de construção e disseminação de estereótipos, tendo os rótulos de cachaça como referência da pesquisa. Esta tese também busca identificar a potência comunicacional e as relações diretas da bebida com a cultura popular do Brasil, seja na esfera da cultura como vetor principal, seja na sua participação como coadjuvante na literatura, na música e na poesia. As cachaças e seus rótulos permeiam tanto as modalidades culturais populares quanto as da elite, tema esse tratado por Muniz Sodré e Santaella. Pesquisamos essa trajetória, ao longo da história do Brasil. No período colonial, o ponto de partida foram os apontamentos de Hans Stadem, do padre José de Anchieta, a carta de Pero Vaz de Caminha e o tratado de Pero Magalhães Gândavo. Seguimos até as coleções de rótulos de cachaça onde descobrimos a primeira garrafa de cachaça engarrafada e rotulada no Brasil, a ‘Manjopina’, produzida na fazenda Manjope em Pernambuco. Pesquisamos também documentos da Companhia das Índias Ocidentais, no Recife Holandês. Com as informações obtidas, foi possível constatar o poder comunicacional de um rótulo de cachaça já no Brasil colonial. A instauração da Inquisição em Portugal, as ações e proibições implementadas nesse país tiveram reflexos imediatos no Brasil, onde foram proibidas, pelo Santo Ofício, a produção e a impressão de livros e outras modalidades de impressos. Tais imposições não atingiram a impressão de rótulos de cachaça, que era realizada nos engenhos e ligada à elite agrícola, produtores de açúcar e cachaça. A liberação para a produção de livros e impressos acontece em 1808, com a chegada da família real e sua corte ao Rio de Janeiro, criando-se a imprensa Régia. O rótulo de cachaça no ambiente imperial teve como ponto de partida para as pesquisas, a obra ‘História das Artes Gráficas no Brasil’. Para melhor compreender o caminho percorrido até a República, também se buscou informações nas obras de Sérgio Buarque de Holanda, Darcy Ribeiro, Roberto Da Mata, Laura de Mello e Souza, Caio Prado Júnior e Lilia Schwarcz. Por fim, Harry Pross, Ivan Bystrina, Gilbert Durand, Edgard Morin, Malena Segura Contrera, Maurício Ribeiro da Silva, Alberto Klein, entre outros, deram o substrato para entender as narrativas simbólicas.
Tipo
Dissertação
Palavras-chave
Comunicação idiatíca; Imaginário; Rótulo de cachaça;
Publicado em
PAULA JR, J. L.; da SILVA, M. R. (Orientador). Os Rótulos de Cachaça como Estratégia Comunicacional: A Constituição de Estereótipos de Grupos Subalternizados na Cultura Brasileira. 2022. Dissertação (Mestrado em Comunicação) - Universidade Paulista, São Paulo, 2022. Disponível em: https://repositorio.unip.br/wp-content/uploads/tainacan-items/191/101465/JOSE-LUIZ-DE-PAULA-JR.pdf
Área de Concentração
Comunicação e Cultura Midiática
Linha de Pesquisa
Contribuições da mídia para a interação entre grupos sociais
Instituição
Universidade Paulista
Financiamento
Vice-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - UNIP
Direito de Acesso
Acesso Aberto