Este estudo almeja entender o modo como se configurou a rede de conversação que se criou no Twitter em torno de Guilherme Boulos, candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSOL no período compreendido entre os dias 16 e 28 de novembro de 2020, 2º turno das eleições de 2020 em alguns estados brasileiros. O corpus de estudo se volta para o conteúdo publicado pelo político em sua rede pessoal no Twitter (rede ego), coletada via ferramenta Twitonomy, e para o conteúdo postado no mesmo período na rede total do Twitter (rede de menção), coletada com um script (“receita”) desenvolvido em linguagem de programação Python. Os dados foram exportados para o software Gephi, que gerou uma rede de grafos, a qual foi aplicada a metodologia de análise de redes sociais (ARS) e análise de conteúdo automatizada via software IRaMuTeQ e seguindo os preceitos da análise de conteúdo de Bardin (2011). Como referencial teórico, a abordagem e os apontamentos relacionados às questões de Comunicação, Comunicação Política e Cibercultura estão referenciadas em Gomes (2011), Sodré (2013), Miguel (2019) entre outros. As discussões acerca do tema Política, personalismo, partidarismo e eleições são traçadas a partir de Sodré (2011), Schwartzenberg (1977); Albuquerque (1999); Manin (1995); Miguel (2008), Casara (2020); Nicolau (2018), dentre outros. Pensa-se nas Redes Sociais on-line, Ciberativismo e Análise das Redes Sociais (ARS) a partir de Recuero (2009, 2016 e 2018), Levy (2008), Lemos (2002) e Castells (2013). Também foram usados artigos produzidos por outros autores relacionados às temáticas envolvidas no debate.