Contágio Psíquico na Mídia Eletrônica
Anexos
Informações
Título
Contágio Psíquico na Mídia Eletrônica
Autor(es)
Leonardo de Souza Aloi Torres
Orientador(es)
Malena Segura Contrera
Data de Defesa
30/06/2020
Resumo (EN)
This research has as its theme the relationship between Media and Psychic Contagion, proposing to understand how collective psychotic outbreaks are configured in the context of media society, from the Studies of the Imaginary and Media. Your central question is: what is the process by which certain contents and behaviors suddenly and collectively erupt in the media and in society, even if at times they appear to be unreal and supernatural? The central hypothesis confirmed that the media society, due to its viral, network nature, favors and interferes in the processes of Psychic Contagion: a collective process that reissues the contents of the Imaginary, grounding cultural, social and, now, media conceptions, movements and behaviors. The Imaginary manifests itself through these Psychic Contagion phenomena in the electronic media environment. Human empathy and culture are linkers and linkers between individuals and others (interpersonal and intrapersonal), which enables and enhances the occurrence of Psychic Contagions. Overwhelming social movements such as collective possessions, or rather, the dominance of an archetypal image over society, are possible thanks to the phenomenon of Psychic Contagion. Mimesis is a product and producer of Psychic Contagions, whose feedback makes the bodies of a group tune in, generating unified actions. Unlike the authors of the century. XIX and XX argued, the body is a potentializer of contagion and lowering of consciousness, but not its cause. With the advent of electronic media and digital social networks and based on an overpopulation and a millenary Judeo-Christian paradigm that denies the body, the contemporary individual is increasingly in mass and less in crowd. A society totally crossed by the electronic media operates with sedation of the body, compromising the processes of empathy and mimesis, and this predisposes Psychic Contagions by identification, generating more mass. Mass is the listless state of mind and body. Psychic contagion cannot be found only in outbreaks considered abnormal and isolated, however also in human daily life and nowadays, what differs from an outbreak from a trend are market intentions. For that, the first methodological step of the research consisted in the collection and analysis of true cases of scientifically proven collective outbreaks, based on a literature review. In addition, in current cases and coming from the internet, the work still used the Google Trends tool to prove the contagion dynamics; and still, documentary research (books, documentaries, news and reports) was used with the intention of deepening the proven cases. With this material, Edgar Morin's Complexity Method was used to analyze the cases, with the aim of punctuating the relationships, that is, the phenomenological plot of the theme. In the prospection of cases, the time of research was placed as a limitation, that is, the collection of cases lasted twelve months, one third of the doctoral trajectory, leaving another year for analysis, the final year for closing. Fundamentally, the work chose its bases on the concepts of Psychic Contagion, contamination, collective possession, Collective Unconscious in the Complete Works of Carl Gustav Jung. Participation Mystique de Lévy-Bhrul. The E. Morin Complexity paradigm is used. The term Imaginary is treated with G. Durand. The term Mediosphere will be treated by M. Contrera. Empathy, Emotion and Mimese will be glimpsed by Frans De Waal. A. Damásio, G. Gebauer and C. Wulf and M. Contrera. The relationship of the media, society and capitalism are highlighted by E. Morin, M. Sodré and M. Contrera. The concept of the term Culture will be treated by E. Morin. The term Media Image is discussed by N. Baitello Junior and M. Contrera. Image, Symbol, Myth, Archetype and Imagination are brought from C. G. Jung, J. Hillman, J. Chevalier and A. Gheerbrant, G. Durand, among others. Consciousness and Consciousness is understood from C. G. Jung and A. Damásio.
Resumo
Esta tese problematiza o fenômeno do Contágio Psíquico a fim de propor uma reflexão sobre surtos psicóticos coletivos a partir dos Estudos do Imaginário. Sua pergunta central é: como certos conteúdos e comportamentos irrompem súbita e coletivamente na mídia e na sociedade, retroativamente, mesmo que por vezes aparentem ser irreais e sobrenaturais? A hipótese central confirmou que por trás do processo civilizatório e do fenômeno da mídia, existe o epifenômeno do Contágio Psíquico: um processo coletivo que reedita conteúdos do Imaginário, fundamentando concepções, movimentos e comportamentos culturais, sociais e midiáticos. A empatia humana e a cultura são ligadores e ligantes entre indivíduos e outrem (interpessoal e intrapessoal), o que possibilita e potencializa a ocorrência de Contágios Psíquicos. Movimentos sociais avassaladores como possessões coletivas, ou melhor, a dominância de uma imagem arquetípica sobre a sociedade, são possíveis graças ao fenômeno do Contágio Psíquico. A mimese é produto e produtora de Contágios Psíquicos, cuja retroação faz os corpos de um grupo se sintonizarem, gerando ações unificadas. Diferentemente do que os autores do séc. XIX e XX discorreram, o corpo é um potencializador do contágio e do rebaixamento da consciência, mas não sua causa. Com o advento da mídia eletrônica e das redes sociais digitais, e a partir de uma superpopulação e de um milenar paradigma judaico-cristão que nega o corpo, o indivíduo contemporâneo está cada vez mais em massa e menos em multidão. A massa é o estado apático da mente e do corpo. O Contágio Psíquico não pode ser encontrado somente em surtos considerados anormais e isolados, todavia também no cotidiano humano e na atualidade, o que difere um surto de uma tendência são as intenções mercadológicas. Para tanto, o primeiro passo metodológico da pesquisa consistiu na coleta e análise de casos verídicos de surtos coletivos comprovados cientificamente, a partir de uma revisão bibliográfica. Além disso, em casos atuais e provenientes da internet, o trabalho ainda utilizou a ferramenta Google Trends para comprovar a dinâmica de contágio; e ainda, usou-se pesquisas documentais (livros, documentários, notícias e relatos) com intenção de aprofundamento dos casos comprovados. Com este material, utilizou-se o Método da Complexidade (MORIN, 2007) para análise dos casos, com o intuito de pontuar as relações, isto é, a trama fenomenológica do tema. Visto que a coleta dos casos de Contágio Psíquico tendeu para toda a história da humanidade, colocou-se como limitante o tempo de pesquisa, isto é, a coleta dos casos durou doze meses, um terço da trajetória de doutoramento, restando outro ano para análise, o ano final para fechamento. Fundamentalmente, o trabalho escolheu suas bases nos conceitos de contágio, contaminação, possessão coletiva, Inconsciente Coletivo nas Obras Completas de Carl Gustav Jung. Participation Mystique de Lévy-Bhrul (1923). Utiliza-se o paradigma da Complexidade de Morin (2007) (2011); (2012a); (2012b). O termo Imaginário é tratado com Durand (2016). O termo Mediosfera será tratado por Contrera (2017). Empatia, Emoção e Mimese serão vislumbradas por Waal (2012), Damásio (2000), Gebauer e Wulf (2004) e Contrera (2014). A relação da mídia, sociedade e do capitalismo são pontuados por Morin (1990), Sodré (2013) e Contrera (2017). A conceituação do termo Cultura será tratada por Morin (1990). O termo Imagem Midiática é discutido por Baitello Junior (2014) e Contrera (2017). Imagem, Símbolo, Mito, Arquétipo e Imaginação são trazidos a partir de Jung (2008), Hillman (1993), Chevalier e Gheerbrant (2015), Durand (2016), entre outros. Consciência e Consciente é entendido a partir de Jung (2008) e Damásio (2000).
Coleção
Tipo
Tese
Palavras-chave
Contágio Psíquico; Imaginário; Cultura de Massas; Rebaixamento de Consciência; Comunicação;
Linha de Pesquisa
Contribuições da mídia para a interação entre grupos sociais
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq
Mídia e Estudos do Imaginário
Instituição
UNIP
Direito de Acesso
Acesso Aberto