Comunicação e Memória: Narrativas Orais de História de Vida dos Produtores e Distribuidores da Tribuna Metalúrgica no “Novo Sindicalismo” (1978 A 1985)
Documento
Informações
Título
Comunicação e Memória: Narrativas Orais de História de Vida dos Produtores e Distribuidores da Tribuna Metalúrgica no “Novo Sindicalismo” (1978 A 1985)
Autor(es)
CRISTINE GLERIA VECCHI
Orientador(es)
Barbara Heller
Data de Defesa
11/11/2020
Resumo (EN)
During the “new unionism” (1978 to 1985), Brazil lived under the authoritarian military regime, a condition that hindered the organization of workers and hindered the freedom of expression and the press of the most varied periodicals and social groups. Union newspapers were no exception, but, as they were often produced clandestinely, they played an important role in defending the rights of several manufacturing categories, including that of the ABC Paulista metalworkers. Based on this information and based on the understanding that memory is socially constructed, we determine our research theme: the memories of hiding, that is, the oral life story narratives of people who produced and / or distributed the newspapers Tribuna Metalúrgica , its Supplement, as well as the ABCD Jornal, when the Union was under intervention by the military government. Therefore, we start from the central question: how is the underground memory (POLLAK, 1989) of the producers and distributors of these periodicals during the “new unionism” framed for the creation of a collective memory (HALBWACHS,
2003) of the group? We were interested in understanding how the experience of the past is revealed, reorganized and reworked in the present time. Through the Oral History of Life History method (PERAZZO, 2015), we consider not only the memories
evoked on the research theme, but the interviewee's life trajectory, as we believe that the subject's set of experiences, from his childhood, end up shaping and sculpting their performance for life. Based on the narratives of eight interviewees (communication professionals and union metalworkers), we answered the central question: underground memory was framed (POLLAK, 1989) at various times in the group's collective memory. In addition, due to the intense militancy of the interviewees, the vestiges dated from memory (POLLAK, 1992) appeared in all the narratives, with private life being absent at times, but when evoked, associated with dates of public events.
Resumo
Durante o “novo sindicalismo” (1978 a 1985), o Brasil vivia sob o regime militar autoritário, condição que dificultou a organização dos trabalhadores e cerceou a liberdade de expressão e de imprensa dos mais variados periódicos e grupos sociais. Os jornais sindicais não foram exceção, mas, como foram produzidos muitas vezes clandestinamente, cumpriram papel importante na defesa dos direitos de diversas categorias fabris, entre elas, a dos metalúrgicos do ABC Paulista. Com base nessas informações e a partir do entendimento de que a memória é socialmente construída, determinamos nosso tema de pesquisa: as memórias da clandestinidade, isto é, as narrativas de história oral de vida de pessoas que produziram e/ou distribuíram os jornais Tribuna Metalúrgica, seu Suplemento, bem como o ABCD Jornal, quando o Sindicato esteve sob intervenção do governo militar. Para tanto, partimos da pergunta central: como a memória subterrânea (POLLAK, 1989) dos produtores e distribuidores desses periódicos durante o “novo sindicalismo” é enquadrada para criação de uma memória coletiva (HALBWACHS, 2003) do grupo? Interessou-nos compreender como a experiência do passado é revelada, reorganizada e reelaborada no tempo presente. Por meio do método de Narrativas Orais de História de Vida (PERAZZO, 2015), consideramos não só as memórias evocadas sobre o tema da pesquisa, mas a trajetória de vida do depoente, pois acreditamos que o conjunto de experiências do sujeito, desde a sua infância, acabam por moldar e esculpir sua atuação por toda a vida. A partir das narrativas de oito depoentes (profissionais da comunicação e metalúrgicos sindicalistas), respondemos à pergunta central: a memória subterrânea foi enquadrada (POLLAK, 1989) em vários momentos na memória coletiva do grupo. Além disso, devido à intensa militância dos entrevistados, os vestígios datados da memória (POLLAK, 1992) compareceram em todas as narrativas, ficando ausente a vida privada em alguns momentos, mas, quando evocada, associada a datas de eventos públicos.
Coleção
Tipo
Tese
Palavras-chave
Tribuna Metalúrgica; Memória; História oral; Novo sindicalismo;
Linha de Pesquisa
Contribuições da mídia para a interação entre grupos sociais
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq
Narrativas da memória: representações, identidades e culturas.
Instituição
UNIP
Direito de Acesso
Acesso Aberto