A relação entre lógicas institucionais e práticas estratégicas organizacionais: o papel da Agência Nacional de Saúde Suplementar na regulação dos reajustes do setor
Anexos
Informações
Título
A relação entre lógicas institucionais e práticas estratégicas organizacionais: o papel da Agência Nacional de Saúde Suplementar na regulação dos reajustes do setor
Autor(es)
Vanessa Castro Ferreira
Orientador(es)
Arnaldo Luiz Ryngelblum
Data de Defesa
21/02/2018
Resumo
A relação entre operadoras de planos de saúde e usuários é permeada por conflitos. Nesse sentido, este estudo pretende abordar, à luz do institucionalismo, a relação entre as lógicas institucionais e as práticas estratégicas organizacionais, com base na tipologia desenvolvida por Oliver (1991). Para isso, examinou-se as ações e as respostas estratégicas institucionais adotadas pela ANS, na omissão em relação aos reajustes de planos de saúde coletivos, analisando as lógicas que convergem e prevalecem no campo da Saúde Suplementar. Adotou-se uma abordagem qualitativa, por meio da estratégia de levantamento de dados, análise documental e de entrevistas que coletaram a percepção dos participantes envolvidos. Foram seis entrevistados: dois representantes da Agência Nacional de Saúde Suplementar; dois representantes de operadoras de planos de saúde; um representante do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e um representante do PROCON. Os resultados sugerem que, embora diversas lógicas disputem a orientação da agência reguladora, prevalece a lógica de mercado, oriunda das operadoras de planos de saúde, no que se refere às práticas de reajustes de planos de saúde coletivos legitimadas pela ANS. A despeito da pressão dos demais participantes do campo para que haja a regulamentação dos limites máximos de reajustes, como ocorre, na prática, com os reajustes dos planos de saúde individuais e familiares, a ANS adotou a estratégia de evasão, afrouxando as relações com as operadoras, abdicando de cumprir a regulamentação que a instituiu, sugerindo que há o destaque de uma lógica em relação a outras do campo, gerando uma estratégia compatível com sua efetivação.
Resumo (EN)
The relationship between health plan operators and users is permeated by conflicts.
In this sense, this study intends to approach the relationship between institutional
logics and strategic organizational practices, based on the typology developed by
Oliver (1991). For this, it examined the actions and responses institutional strategies
adopted by the ANS in the omission regarding the readjustments of collective health
plans, analyzing the logics that converge and prevail in the field of Supplementary
Health. A qualitative approach was adopted, through a strategy of data collection,
documentary analysis and interviews that collected the perception of the participants
involved. Six interviews were carried out, with 2 representatives of the National
Supplementary Health Agency, 2 representatives of health plan operators, 1
representative of the Brazilian Institute of Consumer Protection (Idec) and 1
representative of Procon. The results suggest that several logics dispute the
orientation of the regulatory agency, but the study pointed out that there is a
prevalence of the market logic coming from the health plan operators in what refers
to the practices of readjustments of collective health plans, legitimized by the ANS,
already that even if there is pressure from the other participants in the field to
regulate the maximum limits of adjustments, as in practice with the readjustments of
individual and family health plans, ANS adopted the evasion strategy, loosening
relations with the operators , abdicating to comply with the regulations that instituted
it, suggesting that there is the emphasis of a logic in relation to others of the field,
generating a compatible strategy for its effectiveness
Tipo
Palavras-chave
Setor de Saúde Suplementar, Regulação, Lógicas Institucionais
Área de Concentração
Redes Organizacionais
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq
Abordagens Sociais nas Redes
Instituição
UNIP
Direito de Acesso
Acesso Aberto