Usando indicadores de economia circular para avaliação de sustentabilidade na ASEAN, Mercosul e União Europeia

Resumo

O atual sistema socioeconômico linear, caracterizado pela “produção-uso-descarte” é insustentável e está causando o esgotamento dos recursos naturais, uma vez que os produtos feitos a partir desses recursos, após serem utilizados, são descartados como resíduos. Na busca pelo desenvolvimento sustentável, diversas ações focadas em manter os recursos em uso, pelo maior tempo possível, têm sido propostas nas últimas décadas, com destaque para ecologia industrial, ecossistemas industriais, simbiose industrial, produção mais limpa e economia circular (EC), sendo este último o foco deste projeto. A EC é um conceito emergente, que defende a redução da dependência de recursos finitos. Nos últimos anos, algumas localidades como União Europeia, China e Japão têm buscado promover a EC, como meio de desenvolvimento econômico sustentável. Apesar dos avanços em termos de gestão ambiental, ainda não existem indicadores específicos dedicados à EC, seja no nível micro, meso ou macro, e a ausência da dimensão social inerente ao desenvolvimento sustentável ainda é uma lacuna a ser preenchida. O presente trabalho visa verificar, por meio do modelo dos Cinco Setores de Sustentabilidade (5 SEnSU), a contribuição da EC para o desenvolvimento sustentável do Mercosul, da Asean (Association of Southeast Asian Nation) e da União Europeia, considerando indicadores econômicos, sociais e ambientais nos períodos entre anos 2000 e 2020. Os indicadores selecionados com suas respectivas metas foram aplicados no modelo 5 SEnSU e ponderados pela Programação de Metas. Espera-se que com os resultados obtidos seja possível verificar as semelhanças, diferenças e peculiaridades de cada bloco econômico na transição para a EC.